Um porta-voz do Departamento de Polícia de Nova York falou sobre o ataque que ocorreu na manhã desta terça-feira (12) em uma estação de metrô do Brooklyn, que resultou em ao menos cinco pessoas baleadas. Segundo a polícia, pelo menos 13 pessoas foram transportadas para hospitais com ferimentos diversos.
O porta-voz disse que os investigadores acreditam que o homem atirou dentro de um vagão do metrô ao explodir uma bomba de fumaça. Vídeos postados nas redes sociais mostram passageiros em pânico saindo do vagão para uma plataforma na rua 36 enquanto a fumaça subia pela estação. Policiais encontraram dispositivos não detonados e estão procurando um homem com uma máscara de gás e um colete laranja de construção.
A porta-voz do hospital NYU Langone, Lisa Greiner, afirmou que o centro médico está tratando oito pessoas e que os ferimentos foram gerados por disparos e inalação de fumaça. Todas estão em condição estável.
Uma foto da cena mostrava pessoas atendendo passageiros ensanguentados deitados no chão da estação. Nos vídeos postados em redes sociais, pessoas aparecem ensanguentadas e pedem que a polícia seja chamada.
— A porta do metrô se abriu em um estado de calamidade. Havia fumaça, sangue e pessoas gritando — disse uma testemunha ocular, Sam Carcamo, à estação de rádio 1010 WINS. Ele estava na plataforma à espera do trem.
À Associated Press, o morador do Brooklyn Danny Mastrogiorgio relatou que havia acabado de deixar o filho na escola quando percebeu a multidão de passageiros saindo do metrô em pânico. Pelo menos dois deles tinham ferimentos na perna, disse.
— Foi uma loucura. Ninguém sabia exatamente o que estava acontecendo — declarou.
Allan Lee, proprietário de um café próximo à estação, também relatou que viu quando meia dúzia de carros de polícia e de bombeiros chegaram ao quarteirão da rua 36. Quando notou oficiais e cães do esquadrão antibomba, teve certeza de que não era um problema cotidiano do metrô.
— Então eles começaram a conduzir as pessoas que estavam no quarteirão para o quarteirão ao lado e depois fecharam a entrada do metrô — disse ele à AP.
O incidente aconteceu em uma linha de metrô que atravessa o sul do Brooklyn em um bairro a cerca de 15 minutos de trem de Manhattan. Escolas locais, incluindo a Sunset Park High School, do outro lado da rua, foram fechadas. Os trens que atendem essa estação estavam atrasados durante a hora do rush da manhã.
A governadora de Nova York, Kathy Hochul, disse em um comunicado que foi informada sobre a situação e que seu escritório trabalharia junto com as autoridades de trânsito e o departamento de polícia enquanto a investigação continuasse.
Violência crescente
Policiais estavam vasculhando a 4ª Avenida, rua transversal da estação, perguntando a testemunhas se elas estavam no trem. Luzes de emergência eram visíveis a pelo menos uma dúzia de quarteirões de distância da estação, montando um cordão policial para isolar a área.
O caso ocorre em um momento em que a cidade de Nova York enfrenta uma série de tiroteios. Até 3 de abril, os incidentes com tiros aumentaram de 260, no mesmo período do ano passado, para 296, de acordo com estatísticas do Departamento de Polícia.
O aumento ocorre depois que a violência armada atingiu mínimos históricos em 2018 e 2019, e a cidade ainda permanece mais segura do que nos anos anteriores. Mas, quando os nova-iorquinos saíram das paralisações que marcaram o início da crise sanitária, muitos acharam a cidade mais perigosa do que antes da pandemia.
Outros incidentes graves também foram registrados nos últimos meses, inclusive no metrô da cidade. Um dos mais chocantes foi em janeiro, quando uma mulher morreu ao ser empurrada por um estranho para os trilhos na frente de um trem.
Com agências internacionais.