Em uma das eleições mais acirradas dos últimos anos, que culmina, neste sábado (7), com a vitória de Joe Biden, os Estados Unidos vivem uma profusão sentimentos. Desde terça-feira (3), quando se encerrou a votação à presidência da República, Biden e Donald Trump, atual presidente, disputaram voto a voto, em um enfrentamento marcado por reviravoltas, polêmicas e nervos à flor da pele. A seguir, veja a linha do tempo da corrida eleitoral, partindo dos fatos mais recentes.
7 de novembro
Biden vence - Joe Biden é eleito presidente dos Estados Unidos. Após quatro dias de apuração, democrata Biden já conquista 273 votos no Colégio Eleitoral, contra 213 de Trump.
6 de novembro
Discurso de Biden - Ao falar à Nação, Joe Biden mostra confiança na vitória e pede união nacional. Na ocasião, o democrata lidera a apuração. Ele promete não perder tempo diante da covid-19, no momento em que o país registra recorde de novos casos da doença pelo terceiro dia consecutivo.
Ameaça de expulsão - Um porta-voz de Joe Biden, o candidato democrata à Casa Branca, ameaça "expulsar" Trump da Casa Branca se o presidente dos Estados Unidos se recusar a admitir a derrota, um resultado que parece cada vez mais provável.
Pedido de interrupção - Após Biden assumir a liderança na Pensilvânia, republicanos pedem que contagem de votos no Estado seja interrompida. O partido de Trump fez a solicitação à Suprema Corte dos Estados Unidos, questionando a decisão de contar cédulas enviadas pelo correio que chegaram após o dia da eleição, terça-feira (3).
Reação de Bolsonaro - "Trump não é a pessoa mais importante do mundo, Deus é", diz o presidente brasileiro, quando começa a se desenhar a possibilidade de derrota de Trump. Até então, Bolsonaro vinha sendo um dos principais cabos eleitorais do republicano na América Latina.
Virada na Pensilvânia - Biden se aproxima da presidência americana após ultrapassar Trump, na Pensilvânvia, um dos Estados-chave para a definição eleitoral no país, com 95% dos votos apurados.
Biden vira na Georgia - Candidato democrata abre vantagem em histórico Estado dominado pelos republicanos, com 99% das urnas apuradas. A virada na Georgia deixa o caminho aberto para a vitória de Biden.
Parecer da OEA - A missão eleitoral da Organização dos Estados Americanos divulga manifestação na qual informa que não "observou diretamente nenhuma irregularidade grave" nas eleições dos EUA e pede aos candidatos que evitem "especulações nocivas".
Republicanos se dividem - Reações variadas surgem no Partido Republicano após acusações de fraude eleitoral lançadas sem provas por Trump: algumas figuras estão a seu favor, mas outras condenam o que chamam de "perigosa" estratégia do presidente.
5 de novembro
Manifestações nos EUA - Manifestantes anti-Trump são presos em Nova York por contrariar ordem de dispersão da polícia local, eles exigiam a contagem total dos votos. Michigan e Arizona registram atos pró-Trump. O país ferve.
Trump volta a falar - Em pronunciamento na Casa Branca, na noite de quinta-feira (5), Trump volta a contestar os dados da apuração, diz que haverá "muito litígio" na disputa porque a eleição não pode ser "roubada". Contudo, não apresenta evidências para comprovar a acusação.
4 de novembro
Biden rebate - Pelas redes sociais, Biden escreve que "Donald Trump não decide o resultado desta eleição, nem eu. O povo americano decide". O candidato democrata também afirma que vai reincorporar os EUA ao Acordo de Paris sobre o clima no primeiro dia do seu governo.
Trump ameaça - Pelas redes sociais, atual presidente volta a ameaçar entrar na Justiça contra resultados de três Estados: : Wisconsin, Michigan e Pensilvânia. Trump insiste em afirmar que eleições são fraudadas.
Trump se pronuncia - Em pronunciamento oficial, Trump diz que vai recorrer à Suprema Corte dos Estados Unidos para paralisar a contagem e evitar "fraude" na apuração dos votos para a presidência do país. Ele também afirma que "ganhou a eleição"
Primeiras projeções - Na largada da apuração, as primeiras estimativas indicam disputa acirrada entre Trump e Biden na eleição americana. Apurações parciais em Estados relevantes não apontam vitória clara de qualquer dos candidatos para alcançar os 270 votos no Colégio Eleitoral
Participação recorde - Participação na eleição americana é a maior em 120 anos. Estimativas indicam que ao menos 160 milhões de pessoas foram às urnas neste ano nos EUA, apesar da pandemia, em uma cenário polarizado.