Um dos principais especialistas na relação bilateral entre Brasil e China, o professor de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Oliver Stuenkel acredita que o gigante oriental deve tirar proveito da tensão criada a partir das críticas recentes feitas pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, para garantir vantagens em negociações comerciais. Para o pesquisador, autor do livro O Mundo Pós-ocidental: Potências Emergentes e a Nova Ordem Global (Editora Zahar), o governo chinês projeta sua relação com parceiros a longo prazo. Nesse sentido, eventuais crises seriam passageiras diante do pragmatismo de Pequim, que prioriza uma estratégia de pelo menos uma década. Na entrevista a seguir, Stuenkel analisa o atual estágio das relações econômicas e políticas entre as duas nações, os riscos, perdas e ganhos da tensão política entre o Brasil e seu principal parceiro econômico e as perspectivas de um cenário pós-pandemia de coronavírus.
Com a Palavra
"O Brasil ficou fragilizado nos negócios com a China", analisa pesquisador de relações internacionais
Professor da Fundação Getúlio Vargas, Oliver Stuenkel comenta situação dos dois países após declarações de Eduardo Bolsonaro, Abraham Weintraub e embaixador chinês
Rodrigo Lopes
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