O Irã começou a fazer detenções relacionadas ao caso do Boeing 737 da companhia Ukraine International Airlines, abatido perto de Teerã, na última quarta (8), matando as 176 pessoas que estavam a bordo. A informação foi divulgada pelo porta-voz da Justiça, Gholamhossein Esmaili, em entrevista coletiva nesta terça-feira (14).
Esmaili não divulgou o nome dos detidos. Mais cedo, o presidente Hassan Rohani garantiu que o país vai "punir" todos os responsáveis pela tragédia.
Entre as vítimas da queda do avião havia iranianos, canadenses e ucranianos. Por conta disso, dois investigadores do Canadá devem chegar nesta terça a Teerã, onde terão acesso às caixas-pretas da aeronave para auxiliar na análise.
Os especialistas foram convidados pelo próprio Irã. Na próxima quinta-feira (16), diplomatas dos cinco países com vítimas do desastre se reunirão na embaixada canadense em Londres para discutir a situação.
Aeronave derrubada
No último sábado (11), o Irã admitiu que derrubou a aeronave por "erro humano". De acordo com a agência de notícias Irna, o Boeing foi identificado como um "avião hostil" e "atingido" no momento em que a ameaça inimiga se encontrava "no mais alto nível".
O acidente ocorreu logo após o Irã lançar mísseis em bases militares que abrigavam forças norte-americanas no Iraque. É provável que o sistema antiaéreo do Irã estivesse ativo após o ataque, que ocorreu em resposta ao assassinato do general iraniano Qassem Soleimani.