O Irã negou, nesta segunda-feira (13), que tenha tentado "acobertar o caso" do Boeing 737 da companhia Ukraine International Airlines. O avião foi abatido perto de Teerã, na última quarta (8), matando as 176 pessoas que estavam a bordo.
— Nestes dias de tristeza, houve críticas aos responsáveis e às autoridades do país. Alguns responsáveis foram inclusive acusados de mentir e de tentar acobertar o ocorrido, quando, sincera e honestamente, este não foi o caso — disse o porta-voz do governo, Ali Rabii.
No último sábado (11), o Irã admitiu que derrubou a aeronave por "erro humano". De acordo com a agência de notícias Irna, o Boeing foi identificado como um "avião hostil" e "atingido" no momento em que a ameaça inimiga se encontrava "no mais alto nível".
O acidente ocorreu logo após o Irã lançar mísseis em bases militares que abrigavam forças norte-americanas no Iraque. É provável que o sistema antiaéreo do Irã estivesse ativo após o ataque, que ocorreu em resposta ao assassinato do general iraniano Qassem Soleimani.
Entre as vítimas da queda do avião havia 82 iranianos, 63 canadenses e 11 ucranianos. Os Estados Unidos, Canadá e Reino Unido defendiam a tese de que um míssil havia abatido o Boeing — hipótese confirmada pelos militares iranianos no sábado.