Há várias coincidências inconvenientes no caso da tragédia com o avião da Ucrânia: a aeronave caiu poucas horas depois da operação iraniana contra as bases americanas no Iraque. O Irã não quer entregar as caixas-pretas para os EUA, sede da Boeing, fabricante da aeronave. É parte da guerra de versões entre Estados Unidos e Irã. É preciso lembrar que, se foi mesmo um míssil que abateu o aparelho civil, provavelmente esse artefato foi vendido pela Rússia, que, por sua vez, ocupa a Crimeia, região tomada da Ucrânia. O avião é de uma companhia aérea ucraniana. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, é um dos pivôs do processo de impeachment contra o presidente dos Estados Unidos. Era a ele que Trump, no telefonema, pedia para investigar os negócios da família Biden — Joe Biden é o principal concorrente de Trump na eleição de novembro.
Coincidências? Ou parte de uma conspiração. A hora é de cautela. Aos fatos:
A única conclusão possível, neste momento, é que não está claro porque o avião caiu, matando 176 pessoas. Se foi abatido por um míssil, teria sido proposital? Aparentemente, não. Seria um acidente, um erro, segundo serviços de inteligência de Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.
Há alguma prova até agora? Sim, mas insuficientes. Um vídeo foi divulgado na noite desta quinta-feira pelo jornal americano The New York Times, que mostra, aparentemente, um míssil atingindo a aeronave sobre Parand, região próxima ao aeroporto de Teerã onde o avião transmitiu sinais pela última vez. Seria um artefato terra-ar iraniano de origem russa, segundo Canadá e Reino Unido
O problema é quem vai investigar a queda. O Irã, que é parte interessada na equação — para expôr o que lhe interessa e abafar o que não for relevante segundo seus propósitos. A notícia mais reconfortante é que o governo iraniano disse que os países cujos cidadãos estavam no avião poderão enviar representantes para participar do trabalho. Urge, neste momento, uma investigação independente e internacional.