O presidente iraniano, Hassan Rohani, declarou neste sábado (11) que seu país "lamenta profundamente" a queda do Boeing 737 e definiu o acidente como "erro imperdoável". Durante a madrugada, um comunicado da TV estatal anunciou que militares derrubaram o avião com 176 pessoas que estavam a bordo — ninguém sobreviveu.
— A investigação interna das Forças Armadas concluiu que, lamentavelmente, mísseis lançados por um erro humano causaram o horrível impacto no avião e a morte de 176 inocentes — afirmou Rohani.
O Boeing 737, da companhia Ukraine International Airlines, estava saindo da capital iraniana com destino a Kiev, capital da Ucrânia, quando foi derrubado cinco minutos após a decolagem. De acordo com a agência de notícias Irna, o Boeing foi identificado como um "avião hostil" e "atingido" no momento em que a ameaça inimiga se encontrava "no mais alto nível".
O acidente ocorreu logo após o Irã lançar mísseis em bases militares que abrigavam forças norte-americanas no Iraque. É provável que o sistema antiaéreo do Irã estivesse ativo após o ataque, que ocorreu em resposta ao assassinato do general iraniano Qassem Soleimani. Entre as vítimas, havia 82 iranianos, 63 canadenses e 11 ucranianos