O técnico de futebol dos meninos presos há duas semanas em uma caverna na Tailândia pediu "desculpas aos pais" dos menores em um bilhete manuscrito divulgado pela Marinha tailandesa neste sábado (7).
A Tailândia está com a respiração suspensa, torcendo pelo resgate do grupo em segurança, enquanto as previsões de fortes chuvas e temores crescentes sobre a redução do nível de oxigênio e a elevação do nível da água dentro da caverna.
Ekkapol Chantawong, de 25 anos, foi durante nove dias o único adulto na companhia dos jovens, com idades entre 11 e 16 anos, até serem encontrados na segunda-feira em uma saliência enlameada por mergulhadores socorristas.
"Para todos os pais, todas as crianças ainda estão bem. Eu prometo cuidar das crianças da melhor forma possível", escreveu ele, em um bilhete entregue a um mergulhador na sexta-feira e publicado no sábado na página no Facebook dos Mergulhadores da Marinha Americana (Thai Navy SEAL). "Obrigado por todo o apoio moral e peço desculpas aos parentes", acrescentou.
Esta é a primeira mensagem do técnico, cujo papel na situação em que se encontram os meninos provocou polarização nas mídias sociais na Tailândia. Muitos o elogiaram depois que ele deu sua parte de comida às crianças antes de serem localizadas e as ajudou a atravessar nove dias na escuridão. Outros o criticaram por ter concordado em levar os meninos para dentro de uma caverna durante a temporada das chuvas de monções.
O grupo entrou na caverna em 23 de junho e ficou preso quando o nível das águas começou a subir. "Para minha avó e meu tio, eu estou aqui. Não se preocupem demais. Por favor, se cuidem", acrescentou na carta.