Ao menos 215 pessoas morreram e 300 ficaram feridas no atentado com um caminhão-bomba no sábado (14), em Mogadíscio, capital da Somália, no ataque mais violento da história do país.
O ataque aconteceu na tarde de sábado, em um cruzamento movimentado do distrito comercial de Hodan, que abriga muitas empresas e hotéis. Entre eles, está o Safari Hotel, um estabelecimento popular, mas que não é utilizado com frequência por funcionários do governo. As autoridades ainda não sabem se esse era o alvo.
O presidente somali, Mohamed Abdullahi Mohamed, visitou, neste domingo (15), o hospital Erdogan, onde os médicos afirmaram ter recebido 205 pessoas, mais de 100 delas com ferimentos graves.
Abdullahi Mohamed decretou três dias de luto após o atentado, considerado o mais grave na história da Somália.
— Um ataque horrível cometido contra civis inocentes. Isto mostra a falta de piedade destes elementos violentos, atacar sem distinção pessoas inocentes — afirmou o presidente em discurso.
Nenhum grupo reivindicou o ataque até o momento, mas os rebeldes shebab — embrião da Al-Qaeda —, executam com frequência ataques suicidas na capital e em outras cidades em sua luta contra o governo somali, que é respaldado pela comunidade internacional.
Eles foram foram expulsos da capital da Somália há seis anos por tropas somalis e da União Africana (UA). Com o passar dos anos, perderam o controle das principais localidades do sul da país.
Os rebeldes, contudo, continuam controlando zonas rurais e executando ataques contra os militares, o governo e alvos civis, assim como ataques terroristas no Quênia.