O clima esquentou na instalação da segunda CPI, na manhã desta segunda-feira (7), na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Os parlamentares investigam irregularidades em compras feitas pela Secretaria Municipal da Educação (Smed) após uma série de reportagens do Grupo de Investigação da RBS (GDI). O debate foi sobre a forma de definição da relatoria.
A vereadora Mari Pimentel (Novo), presidente da chamada comissão "independente e das minorias", disse que seguiria o regimento, que prevê a designação do relator pelo presidente da CPI. Ela indicou Roberto Robaina (PSOL) como relator. Para vice-presidente foi eleita a vereadora Cláudia Araújo (PSD).
Na instalação da primeira CPI, ocorrida minutos antes, o presidente da comissão, Idenir Cecchim (MDB), defendeu que a escolha do relator fosse por eleição pelo plenário. E em reação à decisão de Mari, disse: Aqui não é ditadura. Depois de concluída a instalação, Cecchim disse ser "muita ditadura" a decisão da relatoria por indicação e adiantou que deve adotar medidas em instâncias internas do legislativo municipal.
Por mais de uma vez, ao discordar da condução do trabalho, vereadores da base citaram o fato de Mari estar em seu primeiro mandato. Houve defesa.
— Estar no primeiro mandato não tira sua legitimidade de respeitar o regimento. O plenário é soberano, mas nunca rasgou o regimento — afirmou Biga Pereira (PCdoB).
Mesmo com reações contrárias, Mari sustentou sua decisão e deu a instalação por encerrada às 10h18min. As sessões desta segunda comissão ocorrerão nas segundas-feiras, às 10h.