Criminosos radicados no Paraguai têm optado por estratégia engenhosa: eles enviam empregados e técnicos de confiança para o Brasil e montam fábricas de cigarro clandestinas, abastecidas com fumo brasileiro e tocadas por trabalhadores paraguaios, em regime análogo ao de escravos.
Repórteres do Grupo de Investigação da RBS (GDI), em três meses de apuração, se passaram por interessados em montar indústrias fumageiras de marcas paraguaias (as tabacaleras), as mais baratas e consumidas em território brasileiro.
As negociações – não concluídas na prática – foram gravadas e mostram que os criminosos decidiram eliminar a etapa mais perigosa do empreendimento: a passagem do produto proibido pela fronteira.