A Justiça Federal determinou a soltura dos seis suspeitos que foram presos pela Polícia Federal (PF) na Operação PhD, deflagrada na sexta-feira.
O prazo das prisões temporárias terminava nesta terça-feira e a PF só havia pedido a renovação para um dos presos, o professor Ricardo Burg Ceccim.
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Ao determinar a soltura, no entanto, a Justiça Federal estabeleceu medidas a serem cumpridas: eles usarão tornozeleira eletrônica, devem entregar os passaportes e estão proibidos de viajar. Quem tem vínculo de trabalho com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) está afastado das funções e proibido de frequentar as dependências da universidade.
A PF havia se manifestado para a Justiça afirmando não haver necessidade de prorrogar a prisão de Nicolaiewsky, ex-vice reitor da UFRGS e atual diretor-presidente da Faurgs, o professor Alcindo Ferla, que atua na Escola de Enfermagem da UFRGS, Simone Chaves, que é professora da Unisinos, Marisa Behn Rolim, servidora da universidade e secretária do PESC/PPGCol, e a filha dela, Priscila Behn Rolim Coronet.
Mas os investigadores pretendiam manter recolhido o professor Ceccim, apontado como o principal articulador das fraudes envolvendo recursos de programas da área de Educação em Saúde Coletiva, ligados à Escola de Enfermagem da UFRGS. Ele é um dos coordenadores do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGCol) da Escola de Enfermagem.
São investigados projetos que somam em torno de R$ 99 milhões de recursos federais. A PF apurou que os valores destinados a bolsas de estudo vinham sendo desviados me favor de coordenadores dos programas e pessoas ligadas a eles.
A investigação prossegue e durante a semana serão ouvidas testemunhas. Além dos seis que haviam sido presos, a PF já indiciou no inquérito o médico Hêider Aurélio Pinto e Maurício Moraes, que é médico e servidor da Universidade Federal de Pelotas. Hêider e Maurício foram alvo de condução coercitiva na sexta-feira.