Três trabalhadores argentinos, com idades de 29, 34 e 35 anos, foram resgatados em Arvorezinha, no Vale do Taquari, na segunda-feira (2), enquanto trabalhavam na colheita de erva-mate em condições semelhantes à escravidão.
A informação foi divulgada na tarde desta quarta-feira (4) pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio Grande do Sul (SRTE-RS).
A operação foi conduzida pelo Ministério Público do Trabalho do RS (MPT-RS) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os trabalhadores argentinos estavam alojados na sede de uma antiga escola que já não funciona, segundo o MPT.
No espaço não havia chuveiro, nem geladeira, e os profissionais não possuíam documentos para trabalhar no Brasil.
No local, conforme a Superintendência do Trabalho, os profissionais utilizavam uma pequena sala de aula como dormitório e cozinha. Dois dos trabalhadores não eram alfabetizados. Eles estavam na empresa ervateira há, pelo menos, dois meses. Em Arvorezinha, os argentinos chegaram em abril, após a promessa de trabalho.
Conforme o MPT, os argentinos receberam verbas rescisórias e o retorno à Argentina pago pelas autoridades. Eles também receberão três parcelas de seguro-desemprego. Já a empresa, que não teve o nome divulgado, firmou um Termo de Ajuste de Condutas (TAC) para pagar os direitos e uma indenização.