As apreensões de mercadorias ilegais ou por falta de pagamento de impostos que ingressaram no Rio Grande do Sul até agosto de 2024 diminuíram em comparação com o mesmo período do ano passado. Um levantamento feito pela Receita Federal a pedido da reportagem de Zero Hora indica que o montante do valor dos objetos recolhidos chega a R$ 62.389.000.
De acordo os dados, até agosto de 2023 foram recolhidos R$ 89.962.826. Ou seja, houve uma redução de 30% na comparação com esse ano. Os produtos líderes de apreensão são cigarros, cosméticos e veículos. Esses números são referentes a produtos que tentaram ingressar em portos, aeroportos e fronteiras terrestres até 31 de agosto.
Conforme o auditor fiscal Leonardo Iglesias, a redução está relacionada ao período de enchente que impactou nos acessos e nas operações.
— A enchente atrapalhou as fiscalizações, tivemos redução das equipes e o próprio depósito afetado. No entanto, também inibiu o contrabando já que as rodovias estavam bloqueadas e não havia tanta comercialização no período — explicou.
Na avaliação do auditor fiscal, a redução é pontual. A estimativa é de que com o retorno das atividades econômicas e das operações, o número de apreensões aumente até o final do ano.
A legislação impede, de forma geral, a importação por pessoa física de produtos destinados à revenda, além de itens falsificados. Há ainda limites que devem ser obedecidos, como um montante de até US$ 500 em compras trazidas por fronteira terrestre ou 12 litros de bebidas alcoólicas.
Uma grande operação foi realizada entre quarta (25) e quinta-feira (26) em Novo Hamburgo, São Leopoldo, no Vale do Sinos e Gravataí, na Região Metropolitana. Mais de quatro toneladas de celulares, eletrônicos e acessórios foram apreendidos. A suspeita é de que os itens sejam falsificados e importados de forma ilegal. As mercadorias foram localizadas em sete estabelecimentos das cidades. A estimativa é de que o total dos itens ultrapasse os R$ 2 milhões. Como a ação ocorreu em setembro, não foi contabilizada no relatório divulgado na reportagem.
