Os grupos do Ministério Público de São Paulo e do Ministério da Justiça dedicados a investigar crimes digitais já derrubaram 31 perfis falsos que tentavam aplicar golpes divulgando fotos de vítimas do acidente aéreo de Vinhedo, que deixou 62 mortos na última sexta-feira (9). Os perfis pediam dinheiro em nome das famílias das vítimas.
Os casos são investigados pelo CyberGaeco do MP de São Paulo e pelo Cyber Lab do Ministério da Justiça. As apurações e a derrubada dos perfis começaram ainda na sexta, logo após a queda do avião no interior paulista.
A Promotoria afirmou que está adotando "todas as medidas necessárias" para investigar os fatores que levaram à queda da aeronave. O órgão vai acompanhar o inquérito e disponibilizou dois canais para comunicação:
- e-mail: apoiovinhedo@mpsp.mp.br
- WhatsApp (11) 96591-1372 - para atendimento às famílias das vítimas do acidente do voo 2283 da Voepass.
No sábado (10) o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira Costa descartou, por ora, a possibilidade de interromper as operações da Voepass.
— Não surgiu nenhum elemento emergencial que venha a tomar qualquer atitude de interrupção das atividades — ponderou o procurador.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão ligado à Força Aérea Brasileira (FAB), já começou a extrair e transcrever os áudios e dados das caixas-pretas do ATR-72-500 que caiu.
O Cenipa estima que em um mês divulgará os primeiros resultados da investigação sobre o maior acidente aéreo no País em 17 anos.