Uma empresa contratada pela prefeitura de Passo de Torres (SC) iniciou nesta segunda-feira (11) a avaliação do estado de conservação da ponte Anita Garibaldi. Os técnicos irão inclusive analisar a estrutura da parte submersa da travessia, que liga o município a Torres, no RS.
Conforme a prefeitura de Passo de Torres, os trabalhos incluíram mergulhos no Rio Mampituba, para garantir a precisão da análise. O secretário de Planejamento e Meio Ambiente Passo de Torres, Roger Maciel, explica que o trabalho vai resultar em um laudo:
— Os mergulhadores seguem uma metodologia conforme o engenheiro passou para eles, de filmagem das estruturas, captura de fotografias, numeração, para daí sim, fazerem uma análise das imagens de uma forma mais criteriosa e emitirem o laudo, que será reunido com o laudo estrutural já existente. Essa análise mais minuciosa vai apontar se será necessário fazer a intervenção em alguma viga ou recuperar o concreto, por exemplo — pontua Maciel.
Em outubro do ano passado, um engenheiro esteve no local à pedido do MP. Na ocasião, o laudo apontou que a ponte não recebia manutenção adequada, e que apresentava avançada deterioração nos taludes. No entanto, o documento não apontou necessidade de interdição da ponte.
A estrutura de concreto permite a passagem de veículos e tem capacidade para suportar mais de 10 toneladas. A prefeitura de Passo de Torres também confirmou que finalizou a licitação para um projeto que prevê a instalação de dois "arcos" e barras de proteção verticais, estruturas que buscam conter a passagem de veículos pesados na ponte.
Investigação do Ministério Público
A análise iniciada nesta segunda-feira deve complementar a investigação do MP. Recentemente, as prefeituras de Torres e de Passo de Torres (SC) participaram de uma reunião junto ao órgão, onde foi definido que um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) seria firmado entre os dois municípios.
Por meio do TAC, as prefeituras chegaram a um acordo de quem seria responsável por cada reparo, mas o documento está sob análise por parte da Promotoria de Justiça de Torres. GZH procurou a promotoria, que até a publicação desta matéria, não informou se há prazo para a conclusão da análise, bem como a assinatura do TAC.