A prefeitura de Passo de Torres concluiu um projeto que pretende impedir a passagem de veículos que pesem mais de 10 toneladas sobre a ponte Anita Garibaldi, que liga o município catarinense a Torres, no litoral gaúcho. Em fevereiro do ano passado, a ponte pênsil rompeu, causando a morte do jovem Brian Grandi, de 20 anos.
O projeto prevê a instalação de dois "arcos", chamados de pórticos, um em cada extremidade da ponte, 20 barras de proteção verticais e placas de sinalização, tanto na estrutura de concreto quanto em uma rótula que fica do lado catarinense.
Conforme o secretário de Planejamento e Meio Ambiente de Passo de Torres, Roger Maciel, a estrutura tem capacidade para suportar 30 toneladas, peso que foi reduzido para 10 toneladas após recomendação técnica do Ministério Público de Torres.
Em outubro do ano passado, a instituição instaurou inquérito para investigar as condições da ponte. Um laudo foi produzido, apontando que a ponte não recebia manutenção adequada, e que apresentava avançada deterioração nos taludes. No entanto, o laudo não apontou necessidade de interdição da ponte sobre o Rio Mampituba, que segue operando normalmente.
O novo projeto de restrição para passagem de veículos foi orçado em R$ 30 mil e apresentado à prefeitura de Torres em reunião na última quinta-feira (15), que contou com a participação do MP. No encontro, também foi entregue um modelo do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que vai determinar como será feita a manutenção da ponte. A previsão é de que, havendo um acordo entre as duas prefeituras, o TAC seja assinado na próxima semana.
*Produção Maria Stolting