Um milhão e 300 mil clientes sem luz no Estado. Este foi o pico da falta de energia em razão da tempestade que atingiu o Rio Grande do Sul na última terça-feira (16), derrubando árvores, postes, destelhando casas e alagando ruas, sobretudo na Capital e Região Metropolitana. O número é o maior dos últimos 10 anos, levando em conta eventos climáticos de relevante magnitude que afetaram o Estado.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (19) pelo governo do Estado. O número, informado pelas concessionárias RGE e CEEE Equatorial, considera o período entre 0h e 2h de quarta-feira (17).
Na manhã do dia 17 de janeiro, o balanço divulgado pela Rio Grande Energia (RGE) indicava 574 mil clientes sem luz, e as regiões mais afetadas eram a Central, Metropolitana, Vale do Taquari, Vale do Sinos e Vale do Rio Pardo. Na área da CEEE Equatorial, 600 mil pontos estavam sem energia, sendo a Região Metropolitana a área mais afetada. Nesta sexta-feira, três dias depois, conforme comunicado das duas empresas, o Estado ainda possui 264 mil clientes às escuras: 173 mil na área da RGE e 91 da CEEE Equatorial.
Para efeito de comparação, em julho de 2020, a passagem de um ciclone-bomba pelo Estado causou a, até então, maior interrupção do fornecimento de energia, atingindo 895 mil clientes. O fenômeno provocou alagamentos, queda de árvores e destelhamentos em vários municípios. Pelo menos 1.119 pessoas ficaram desalojadas em 19 cidades do Estado.
Em outubro de 2015, ventos de mais de 130 km/h vieram acompanhados de chuva forte, provocando mortes, derrubando centenas de árvores e deixando 711 mil clientes sem luz.
Dois anos depois, também em outubro, uma tempestade atingiu Porto Alegre com rajadas de vento entre 100 km/h e 120 km/h. Na ocasião, 640 mil clientes ficaram sem luz no Rio Grande do Sul.
Em 29 de janeiro de 2016 Porto Alegre foi assolada por uma das mais fortes tempestades de sua história. Raios, chuva torrencial e ventos acima de 100 km/h arrancaram árvores, destruíram parques, derrubaram postes e deixaram 328 mil clientes sem energia na Grande Porto Alegre no dia seguinte. A força do vento fez até com que, o Cisne Branco, um dos ícones de Porto Alegre, que há décadas realiza passeios turísticos pelo Guaíba, afundasse parcialmente.