Uma das cidades mais atingidas pela passagem do ciclone extratropical na última semana, moradores de Rio Grande estão há seis dias sem luz. Eles reclamam da falta de estimativa e contato inexistente com a CEEE Equatorial.
Fabiane Nunes, moradora da Vila Mangueira e mãe de uma jovem de 29 anos que está acamada e precisa de cuidados específicos, afirmou que precisou comprar uma bateria para atender as necessidades da filha:
— Não temos resposta nenhuma, somente uma mensagem gravada no WhatsApp. Durante o dia, a gente se vira bem, mas quando chega a noite, o problema é maior. Precisei comprar uma bateria que atendesse as necessidades e aparelhos que minha filha precisa para sobreviver. Os alimentos estão estragando. Já jogamos carnes, leite e iogurtes no lixo e seguimos sem nenhuma resposta.
De acordo com o último balanço enviado pela CEEE Equatorial, a cidade de Rio Grande ainda conta com 1,5 mil pontos sem energia. A empresa não dá prazo para a resolução da situação.
Protesto
Revoltados pelo período sem energia elétrica, grupo de moradores da Vila Mangueira se reuniu na Ponte dos Franceses, que fica na BR-392, às margens do bairro, e fecharam o acesso à cidade nesta segunda-feira (17).
Eles queimaram materiais e gritavam frases como: “Queremos luz”. A iniciativa tinha como objetivo chamar a atenção da CEEE Equatorial. Os protestos ocorrem na cidade desde o último sábado.
A empresa anunciou que contará com um reforço de 30% nas equipes responsáveis pelo restabelecimento da energia elétrica. A medida foi anunciada após reunião realizada entre representantes da CEEE Equatorial e prefeitos da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul).