Em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (17) no Palácio Piratini, o governo estadual anunciou medidas de enfrentamento à estiagem. Entre as ações, que ainda dependem de orçamento, estão a criação de um sistema de monitoramento contínuo da situação, além da liberação de recursos para cisternas, criação de sistemas de irrigação e até contratação de caminhões-pipa.
São quatro eixos de medidas anunciadas a longo, médio e curto prazo, algumas já em andamento e outras que ainda serão implementadas. Os eixos de ação são:
- disponibilidade e acesso à água;
- comunicação e monitoramento;
- aprimoramento de governança e gestão; e
- apoio e assistência.
O programa de monitoramento da estiagem será lançado em 15 dias. Com isso, será possível prever condições meteorológicas e criar ações preventivas para amenizar os efeitos.
O governador Eduardo Leite destacou também ter encaminhado na quinta-feira ao governo federal um pedido de verbas e de ações contínuas como ocorrem no Nordeste do país.
Na presença de vários secretários, o chefe do Executivo anunciou uma anistia a produtores rurais na ordem de R$ 22,5 milhões. Atualmente, o governo, através do programa Troca-Troca de Sementes, subsidia uma parte e o produtor rural outra parte. O objetivo, a ser detalhado melhor nos próximos dias, é custear todo o valor para os agricultores pertencentes a regiões atingidas pela estiagem.
Hoje 312 municípios, segundo Leite anunciou na coletiva, têm decretos de emergência homologados ou em análise.
O RS tem, no momento 5,8 milhões de habitantes afetados e o prejuízo estimado, conforme o governador, é de R$ 13 bilhões, com perdas de 20% a 30% mas safras de milho e soja, por exemplo. No entanto, cooperativas gaúchas estimam perdas de até R$ 28 bilhões.
O que é novo (e o que não é) nas ações do RS para enfrentar a estiagem
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Cisternas e poços
Outra medida anunciada foi a liberação de R$ 17,5 milhões para aquisição de cisternas e perfuração de poços artesianos. Por município afetado, seriam até três cisternas. Mais detalhes serão anunciados nos próximos dias e municípios devem procurar o governo para se habilitarem para os recursos.
Leite descartou, no momento, a prorrogação do SOS estiagem, um auxílio de R$ 1 mil oferecido a famílias atingidas. Segundo o governador, o pagamento é inviável no momento, por causa da queda de receitas com o ICMS.