A prefeitura de Balneário Camboriú, no litoral catarinense, finalizou neste domingo (31) a operação de dragagem para o alargamento da faixa de areia da Praia Central. Parte da faixa da orla ainda seguirá interditada para finalização dos trabalhos durante o mês de novembro.
O bombeamento dos sedimentos começou em 22 de agosto e foi encerrado nesta manhã pela draga Galileo Galilei. Conforme o prefeito Fabrício Oliveira, a operação foi um sucesso.
— Foi uma operação muito rápida e bem-sucedida, uma das mais modernas obras sendo executadas neste que é o maior alargamento de praia da América Latina atualmente.
A obra ainda passará pela etapa de retirada da tubulação, além de acabamento a ser feito por operários e máquinas em vários pontos da orla. A previsão é de finalização das intervenções até o final de novembro e consequente liberação da praia aos banhistas.
No total, a dragagem amplia a faixa de areia de 25 para 75 metros, remetendo às mesmas condições que a praia tinha no passado. O custo do alargamento foi orçado em R$ 66,8 milhões.
O projeto era uma discussão antiga na cidade, que viu a sombra dos arranha-céus avançar sobre a praia nas últimas décadas. Em entrevista recente a GZH, o oceanógrafo Antonio Klein, professor da Coordenadoria Especial de Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), disse que a retirada de areia do mar pode gerar impacto à fauna.
Mulher atolada
Na semana passada, um fato inusitado chamou a atenção dos banhistas no local. Uma mulher ficou atolada em uma parte da obra de alargamento da faixa de areia da Praia Central de Camboriú. Ela teve se ser retirada do local pelos guarda-vidas (veja abaixo). A prefeitura informou que área estava sinalizada e isolada.
A empresa que faz a obra de alargamento afirmou que alguns pontos próximos do preenchimento de areia, que é retirada do fundo do mar e colocada na orla, podem ficar "não compactados" e causar o atolamento, já que a tubulação carrega não só a areia, mas também a água para a faixa. A área segue interditada, com maquinário e equipes monitorando e trabalhando no espaço.
A empresa garantiu que, após a liberação do local, episódios como esse não devem se repetir, já que o local deverá passar por liberação do Corpo de Bombeiros.