Pela primeira vez, o Brasil foi citado pelo Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) como um caso de risco de genocídio por causa de crimes contra populações indígenas. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Alice Wairimu Nderitu, conselheira especial para prevenção de genocídio, fez a seguinte afirmação em um relatório apresentado na 47ª sessão regular do conselho:
“Na região das Américas, estou particularmente preocupada com a situação dos povos indígenas. No Brasil, Equador e outros países, peço aos governos que protejam as comunidades em risco e garantam a responsabilização pelos crimes cometidos”.
Segundo o advogado Paulo Lugon Arantes — que participa da reunião representando o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) —, a citação do Brasil pela conselheira especial para prevenção de genocídios deixa o governo "oficialmente ciente" de que há atrocidades que precisam ser corrigidas.
Se o quadro não for revertido, o país pode ficar exposto a outros mecanismos internacionais de responsabilização.