A Polícia Civil de Goiânia investiga um caso de racismo contra o entregador Elson Oliveira, 39 anos, que teria sido impedido de entrar em um condomínio de luxo por uma mulher que enviou mensagens de teor racista. As informações são do portal G1.
Vítima de racismo, Elson agradeceu o apoio recebido nas redes sociais após o caso vir à tona. Apesar das mensagens, ele diz que a situação o magoou.
Segundo informações do portal G1, o endereço da mulher que pediu o lanche estava incompleto no aplicativo iFood, indicando apenas o condomínio, mas sem número de quadra e lote. A gerente Ana Gomes teria, então, solicitado mais informações para que o entregador conseguisse informar na portaria para encontrar o endereço. Nesse momento, segundo a gerente, ela recebeu as mensagens:
"Esse preto não vai entrar no meu condomínio. Mandar outro motoboy que seja branco"
Neste momento, os donos da hamburgueria relataram ao entregador sobre as mensagens enviadas pela cliente.
Élson, Ana e o dono da hamburgueria, Éder Rocha, foram à polícia nesta tarde prestar depoimento. Como o endereço e o nome da cliente estavam incompletos no aplicativo, a delegada da Polícia Civil de Goiás que atendeu o caso, Sabrina Leles, informou que vai pedir dados para o iFood a fim de tentar identificar a cliente que fez os ataques. À reportagem do G1, o iFood informou que já identificou a mulher e que ela foi banida imediatamente da plataforma.
A delegada também encaminhou ofícios ao condomínio e ao aplicativo de entrega. O objetivo é identificar se há algum morador no residencial com o nome e endereço informados no pedido.
Em nota, a Sociedade dos Amigos do Aldeia do Vale, que administra o condomínio, informou que repudia qualquer ato de racismo e que "a administração busca os dados da cliente que fez o pedido à hamburgueria para verificar se trata-se, de fato, de um morador".