Em entrevista à revista Época publicada neste domingo (4), a campeã da última edição do Big Brother Brasil, a médica Thelma Assis, relatou um episódio de racismo que sofreu ao fazer um teste de residência em um hospital de São Paulo.
— Na medicina, existem entrevistas de emprego também, mas é muito na hora de fazer a prova. Já ocorreu comigo uma situação desagradável, quando fui fazer prova de residência num hospital conceituado de São Paulo e meu nome não estava entre os inscritos e não achava a sala da prova. Fui questionar e, em vez de responder meu problema, eles disseram: “A prova da enfermagem foi de manhã, mais cedo, agora é residência médica”. Fiquei sem reação. Esse cara foi racista? Se fosse uma amiga minha branca, ele não diria isso — refletiu.
Questionada se casos de preconceito racial ainda acontecem, Thelminha relembrou uma live em que foi obrigada a parar a conversa por causa de comentários racistas.
— Todos os dias, infelizmente. Eu resolvi usar outra estratégia. Muita gente quer chamar a atenção. Quer causar com esse tipo de atitude. Eu sigo fazendo a minha live, dando minha mensagem, senão vou adoecer. Teve uma live em que fui obrigada a parar. O que me doeu foi porque estávamos falando sobre racismo estrutural com a Luanda Vieira — contou.
Por fim, revelou que pretende voltar a exercer a medicina quando conseguir conciliar a agenda, que está sendo agitada desde sua vitória no reality.
— Eu planejo muito as coisas. Já estava na minha agenda fazer uma pós-graduação, uma subespecialidade dentro da anestesia. Hoje vejo que minha retomada vai ser por aí, quando conseguir conciliar minha agenda — adiantou.
