Na tarde desta quinta-feira (7), três ex-funcionárias do hospital Dom João Becker, em Gravataí, irão depor sobre o caso de suposta agressão a um familiar de paciente na 1ª Delegacia da cidade. O fato teria ocorrido dia 18 de abril após a vítima ser apontada pelo furto de um celular dentro da instituição.
Embora a sindicância tenha apurado que não houve agressão, as servidoras foram demitidas porque a atitude estava em desacordo com a conduta de ética estabelecida pela direção. Mesmo assim, a polícia quer ouvir todas as versões e esclarecer os fatos.
O delegado Márcio Zachello, responsável pelo caso, diz que precisa confirmar algumas linhas de investigação e pequenos detalhes desta denúncia de agressão. Ele lembra que apura várias informações desde o fim do mês passado.
Uma sindicância do hospital foi realizada após a direção ser procurada pelo vigilante Everaldo da Silva Fonseca, 62 anos. Segundo a versão dele, as três funcionárias acreditavam que ele estava com um telefone furtado dentro da instituição e que, inclusive, foi localizado posteriormente. Fonseca conta que foi agredido sem motivo e que apenas estava acompanhando a esposa. Maria de Fátima Lopes Gonçalves foi internada por problemas no fígado e morreu devido a uma parada cardíaca. Segundo a família, após testemunhar o fato.
O procedimento realizado no hospital apurou que não houve agressão, mas decidiu pela demissão por reprovar a atitude das funcionárias. A direção também concluiu que a morte da esposa do vigilante não teve relação com o caso. Zachello anexou este procedimento ao inquérito e analisou diversas imagens de câmeras de segurança.
Para tentar concluir o caso na próxima semana, ele pretende ouvir mais cinco pessoas e aguarda pelo resultado do exame de corpo delito de Fonseca. Ao todo, a polícia pretende realizar 18 depoimentos, entre vítima, suspeitas, médicos, enfermeiros e acompanhantes de outros pacientes que testemunharam o fato. O vigilante foi ouvido na 1ª Delegacia na semana passada. Por enquanto, Zachello não divulga o conteúdo das imagens e informa que ainda apura se houve crime de racismo, conforme foi denunciado.