Uma sindicância foi aberta para apurar uma série de denúncias da família de uma paciente que estava internada no Hospital Dom João Becker, em Gravataí, e morreu na madrugada deste sábado (18). Segundo as acusações, o marido dela teria sido apontado injustamente como o autor do furto de um celular e, posteriormente, agredido por funcionários. A esposa, depois de testemunhar, teria sofrido ataque cardíaco, falecendo no local. O óbito foi confirmado pelo hospital.
Horas após os fatos, na tarde deste sábado, o 17º Batalhão da Polícia Militar, de Gravataí, foi chamado a atender à ocorrência. Chegando ao local, brigadianos encontraram o viúvo, que relatou alguns fatos, mas informou que não registraria ocorrência naquele momento. Sem a formalização, somado ao fato de que não houve um flagrante, a Brigada Militar encerrou o atendimento da ocorrência. Os fatos foram registrados já no final da tarde deste sábado na 1ª Delegacia de Polícia de Gravataí. O homem relatou também ter sido vítima de racismo.
O Hospital Dom João Becker, que está sob gestão da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, emitiu nota para informar que abriu sindicância com o intuito de apurar as denúncias.
"Com relação ao fato ocorrido nas dependências do Hospital Dom João Becker na madrugada deste sábado, envolvendo familiar de paciente, informamos que será imediatamente aberta uma sindicância interna para averiguação. Uma vez feita a apuração, com base no código de conduta vigente em todos os hospitais da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, serão tomadas as providências cabíveis, tendo como premissa essencial a verdade dos fatos", diz a nota emitida pela Santa Casa.
Imagens do circuito interno de câmeras de vigilância já foram pedidas para auxiliar nas apurações.