O governo federal já sabe quando e quanto vai economizar com a concessão de quatro rodovias do Rio Grande do Sul para a iniciativa privada. Em 9 de janeiro será assinado o contrato entre a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Grupo paulista CCR, vencedor do leilão.
A empresa terá até 30 dias após a assinatura para iniciar a administração da BR-101, freeway, Rodovia do Parque e BR-386, entre Canoas e Carazinho. Quando isso ocorrer, os contratos em vigor de manutenção do asfalto, operação da ponte do vão móvel do Guaíba e dos túneis de Morro Alto serão suspensos. Depois disso eles serão rescindidos. Pela lei, as empresas não são obrigadas a retomar os trabalhos após quatro meses de suspensão.
Ao todo, são R$ 145 milhões que não precisarão mais ser investidos nos mais de 470 quilômetros de estradas. Este montante é praticamente a metade do que o Dnit recebeu em 2018 para investir em manutenção nas rodovias federais do Rio Grande do Sul.
O valor mais expressivo que será economizado pelo Dnit é na BR-386. Atualmente há três contratos de manutenção da rodovia, divididos por regiões.
O total anual de investimento é de R$ 51,44 milhões. Já a conservação da freeway custa R$ 45,44 milhões por ano à autarquia.
Pela proposta orçamentária sugerida para 2019, o Dnit do Rio Grande do Sul poderá receber R$ 363 milhões para gastos com manutenção de pista. E a autarquia terá quase 500 quilômetros a menos para cuidar, ficando responsável pela administração de aproximadamente 4,8 mil quilômetros de rodovias.
Gasto anual estipulado em contratos entre Dnit e empresas:
Manutenção da pista do trecho 1 da BR-386: R$ 7,64 milhões
Manutenção da pista do trecho 2 da BR-386: R$ 28,34 milhões
Manutenção da pista do trecho 3 da BR-386: R$ 15,46 milhões
Manutenção da pista da freeway: R$ 45,44 milhões
Operação da ponte do Guaíba: R$ 13,38 milhões
Manutenção da pista da BR-101: R$ 17,75 milhões
Operação dos túneis da BR-101: R$ 7,03 milhões
Manutenção da pista da Rodovia do Parque: R$ 10,59 milhões