O Diário Oficial da União desta quinta-feira (6) confirmou o nome da empresa Conpasul como vencedora da licitação para fazer a manutenção de 23 quilômetros da BR-290 e BR-116, entre a ponte do Guaíba e o município de Guaíba. O trecho está sem conservação há mais de dois meses, quando encerrou o vínculo da Triunfo Concepa com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A construtora irá receber R$ 943,9 mil mensais do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), por dois anos, para fazer a conservação de pista nestes 23 quilômetros.
Porém, para dar ordem de início dos trabalhos para a empresa, a autarquia precisa de recursos. Como o governo federal não sinalizou com repasse de verbas para este fim, a estatal terá que tirar o dinheiro de outras rodovias federais gaúchas que deveriam receber esta manutenção em 2018.
A superintendência do Rio Grande do Sul aguarda que a direção geral, em Brasília, libere verba deste ano para dar a autorização do início das operações para tapar os buracos. Mesmo após a realização do leilão para concessão das rodovias federais do Rio Grande do Sul, marcada para 1° de novembro, este antigo trecho administrado pela Concepa vai permanecer nas mãos da União, sem cobrança de pedágio.
A situação nos demais 98 quilômetros da freeway, que eram de competência da Concepa, também depende de verba para voltar a ter conservação. A empresa Neovia foi a vencedora da outra concorrência feita pelo Dnit. Ela apresentou proposta de fazer a recuperação de 98 quilômetros da freeway, entre Osório e a ponte do Guaíba, por R$ 3,78 milhões por mês. Porém, neste caso, o serviço será mantido até o desfecho da escolha de quem vencer o leilão.
Segundo levantamento feito por GaúchaZH na última semana, a freeway tem atualmente 644 buracos. Há pouco mais de um mês, esse número era de 288 deformações na rodovia. Também há lixeiras transbordando e partes de pneus no meio e nas margens da pista.
Enquanto o dinheiro não chega, o Dnit usa equipes próprias para realizar uma operação para tapar os principais buracos. O serviço começou na terça-feira (4) e se encerra nesta quinta-feira. O material usado foi adquirido pela Concepa e deixado nas unidades de apoio quando o contrato foi encerrado. O produto tem qualidade inferior e é usado em épocas de baixa temperatura até um período de tempo seco, quando o reparo mais duradouro é realizado. Neste caso, a aposta do Dnit é que até lá, a Neovia já tenha assumido seu contrato.