Após uma paralisação dos professores municipais, a Prefeitura de Santa Maria diz que estuda a possibilidade de um novo reajuste para a categoria. Porém, conforme o chefe da Casa Civil, Guilherme Cortez, não será possível atender ao pedido dos docentes – aumento de 15,5%. O impacto nas finanças municipais, de cerca de R$ 18 milhões, excede os valores que a prefeitura pode pagar.
Nesta terça-feira (12), 80% dos professores da rede pública municipal pararam total ou parcialmente as atividades. Entre as reivindicações da categoria, está o reajuste salarial de 15,5% e horário contratual para reuniões e planejamento.
De acordo com Cortez, já há reuniões marcadas para avaliar a situação. Ele reforça que, com o aumento no número de servidores no quadro municipal, os gastos mensais do executivo aumentaram consideravelmente. Segundo Cortez, foram contratados 217 professores e 86 profissionais da saúde, um aumento em 5,22% na folha.
Mensalmente, o executivo gasta R$ 18 milhões em folha salarial. Como o município passa por dificuldades financeiras, segundo Cortez, antes de decidir por aumentar os salários é preciso honrar os vencimentos, para que o Executivo não corra o risco de atrasar ou ter de parcelar os salários. A expectativa é de que, em até 30 dias, seja feita uma nova proposta aos docentes municipais.
Sobre a solicitação de que um terço da carga horária dos professores seja destinada a planejamento de aulas, reuniões e cursos aos educadores, Cortez afirma que ainda não há definição, porém o assunto também será discutido no Executivo.