Os professores da rede municipal de ensino de Santa Maria paralisaram as atividades nesta terça-feira (12). Conforme o Sindicato dos Professores Municipais, o Sinprosm, a reivindicação é de 15,5% de reajuste, índice que leva em conta as perdas em relação ao piso nacional dos professores, que não é cumprido pela prefeitura. Além disso, a categoria também pede para que os docentes – principalmente de séries iniciais – tenham 30% da carga horária destinada ao planejamento, reuniões e cursos para aos educadores.
De acordo com a Diretora de Organização do Sinprosm, Martha Najar, a paralisação atinge 80% das escolas - seja total ou parcialmente. Atualmente, o piso do professor que atua 20 horas no município é de R$ 1.062. Com o reajuste proposto pela prefeitura, o valor sobe para R$ 1.227.
Logo mais, no começo da tarde, está prevista uma manifestação na Praça Saldanha Marinho, no centro de Santa Maria. Depois disso, às 16h, deve ser feito um ato público pelos docentes.
Na semana passada, a prefeitura apresentou um percentual de 2,95% de correção aos mais de 5,5 mil servidores. A Casa Civil da prefeitura afirma que a revisão concedida é o máximo que o Executivo municipal pode dar frente às restrições orçamentárias. O impacto nas finanças do município será de quase R$ 7,1 milhões até dezembro deste ano.
'Cobertor curto', diz a prefeitura
Se a prefeitura conceder os 15% esperados pelo Sinprosm, o impacto seria de R$ 18 milhões nos cofres públicos. Este valor, conforme o executivo, é considerado inviável. Conforme Martha Najar, caso a prefeitura mantenha a sugestão de 2,95%, o Sinprosm seguirá em mobilização, e fará uma assembleia para decidir as próximas atividades.
Além dos professores municipais, os servidores da prefeitura também não concordam com o reajuste oferecido. Conforme o presidente do Sindicato dos Municipários, Renato Costa, as perdas salariais na categoria são de quase 40% nos últimos 10 anos.