Mesmo após um acordo entre representantes dos caminhoneiros e o Palácio do Planalto anunciado na noite desta quinta-feira (24), os protestos, que chegam ao quinto dia, seguem por todo o país. São registrados pontos de bloqueio em pelo menos 25 Estados e no Distrito Federal. Com os caminhões parados em rodovias federais e estaduais, vários Estados já registram desabastecimento em vários segmentos.
Até a noite de quarta, 20 estados mais o Distrito Federal já eram atingidos pela falta de combustível. Com isso outros serviços ficam comprometidos, como é o caso do transporte público. No Rio de Janeiro apenas 47% da frota dos coletivos está operando. Em Pernambuco, nos horários de pico as 50% da frota trabalha. Após as 8hs da manhã 80% fica inoperante.
Em São Paulo, a exemplo de Porto Alegre, o prefeito Bruno Covas (PSDB) decretou estado de emergência. Com isso, a cidade pode apreender combustível estocado de postos privados, por exemplo, e fazer compras sem licitação. O Estado já registra falta de alimentos perecíveis e aulas em universidades foram canceladas.
Universitários do Rio também tiveram suas aulas canceladas. Além disso, a Central de Abastecimento do Estado recebeu apenas 10% de alimentos, fazendo com que itens como legumes e verduras não cheguem ao consumidor.
Em Brasília, o aeroporto já não possuí mais combustível, fazendo com que aeronaves que pousem e necessitem de abastecimento não consigam prosseguir. Situação parecida enfrenta o aeroporto de Recife, onde 18 voos já foram cancelados.