Ainda que o noticiário internacional esteja focando com mais atenção o sai-não-sai da reunião entre Donald Trump e Kim Jong-un, a greve dos caminhoneiros no Brasil aparece com destaque em alguns sites de redes de TV internacionais, em especial na América Latina e na Europa.
A Venezuela, que vive sua crise particular de abastecimento e tensão política por conta da reeleição de Nicolás Maduro em meio a denúncias de fraude, observa, pelo site do jornal El Universal, de Caracas, a falta de combustível no aeroporto de Brasília: "Os transportadores mantinham hoje bloqueadas várias estradas no gigante sul-americano, apesar de o governo de Michel Temer ter anunciado na noite de quinta-feira um acordo para levantar a paralisação", afirma a reportagem.
Nossos vizinhos argentinos também destacam o cancelamento de voos no Aeroporto Juscelino Kubitschek, da capital federal: "Devido à paralisação de caminhões, o aeroporto de Brasília ficou sem combustível", diz o título na seção de América Latina do jornal Clarín, de Buenos Aires.
A britânica BBC, de Londres, destaca em seu site: "Os protestos sobre os altos preços do diesel continuam no Brasil, apesar de um acordo feito com as empresas de transporte para suspender a greve".
A reportagem ainda destaca a escassez de produtos básicos em todo o país e o risco de aeroportos pararem: "Os aeroportos estão ficando sem combustível e os transportes públicos foram reduzidos", diz o texto.
A BBC, que traz um link para o leitor entender os sucessivos escândalos no Brasil, destaca ainda que rotas entre cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte estão bloqueadas e a pouca atividade em Santos, o maior porto da América Latina.
A agência de notícias Reuters repercute o pronunciamento desta sexta-feira de Temer, que autorizou o uso das Forças Armadas para desobstruir rodovias: "O quinto dia de protestos de caminhoneiros paralisou os principais setores da maior economia da América Latina e levou a cidade de São Paulo, o maior centro de negócios da região, a declarar estado de emergência devido ao escasso suprimento de combustível", diz o texto.
Especializada em economia, a Bloomberg traz no título: "Greve dos caminhoneiros brasileiros pode moldar a eleição presidencial"
