Em Caxias do Sul, na Serra, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foi inaugurada em setembro, com custo mensal de R$ 1,8 milhão. Por três anos, após o fim da obra, que custou R$ 3,6 milhões, o local ficou fechada. Para a inauguração, segundo a prefeitura, foi necessário fazer cortes em outras áreas. A média é de 5,7 mil atendimentos por mês.
Com 60 mil habitantes, Camaquã, no Sul, manteve por dois anos fechada a UPA no bairro Viegas, um dos mais populosos do município. O espaço foi aberto em 31 de outubro. Segundo o secretário da Saúde, João Guilherme Godinho, foram investidos cerca de R$ 2 milhões em equipamentos. A unidade, que conta com quatro médicos, realiza cerca de 150 atendimentos diários. O período entre 18h e 3h é um dos mais movimentados. Para fazer a abertura, o município precisou encerrar o convênio que mantinha com o Hospital Nossa Senhora Aparecida:
– Não podíamos manter os dois. Tivemos de optar pela UPA – conta Godinho.
Foram investidos cerca de R$ 3,5 milhões na obra. O custo mensal é de cerca de R$ 450 mil, atualmente custeados pelo município. A expectativa é de que, em março, a unidade possa ser habilitada para passar a receber recursos da União e do Estado.
Na Fronteira Oeste, a UPA de Uruguaiana, finalizada em 2015, foi aberta em 4 de setembro do ano passado. Para poder inaugurá-la, o município optou pela terceirização da administração da unidade. O custo mensal de manutenção é de cerca de R$ 450 mil.
– Embora a dificuldade financeira de Uruguaiana não seja diferente de outras prefeituras, fizemos um planejamento, cortamos gastos em outras áreas para priorizar isso e fazer funcionar – afirmou o prefeito, Ronnie Peterson Colpo Mello.
Com 76 funcionários, a média de atendimentos é de 4 mil a 4,5 mil por mês, com cerca de 18 mil realizados desde a inauguração. Além da unidade, a prefeitura mantém convênio com a Santa Casa de Caridade, instituição que atende aos municípios da Fronteira Oeste.
Quatro anos depois de ser concluída, a UPA de Cachoeira do Sul, na Região Central, foi inaugurada em julho do ano passado. Em média, 4,5 mil pacientes são atendidos por mês na unidade. A prefeitura assinou convênio com o Hospital de Caridade e Beneficência, que ficou responsável pela administração.
Segundo o secretário da Saúde, Roger Gomes da Rosa, antes da inauguração, Cachoeira do Sul contava apenas com um prontoatendimento, que tinha somente consultas médicas, sem a realização de exames:
– Não era possível receber um diagnóstico completo. No máximo, a pessoa recebia medicação e era encaminhada para o hospital. Havia necessidade de ampliar serviço de urgência e emergência.