A Polícia Civil de Farroupilha registrou cerca de 500 ocorrências de violência contra a mulher em 2017. É uma média de 41 casos por mês. Desse total, 125 se tornaram inquéritos. Conforme o delegado Rodrigo Morale, os demais não foram adiante porque dependiam da vontade das vítimas de dar sequência ao processo. Diante dos números, a comunidade se mobilizou em busca de uma delegacia especializada. O pleito foi levado à Polícia Civil e a opção foi criar um cartório voltado apenas ao atendimento das mulheres. Embora a decisão esteja tomada, o prazo para o funcionamento ainda não está definido.
Conforme o delegado regional Paulo Roberto da Rosa, o cartório especializado em atendimento à mulher só abrirá a partir da mudança da Polícia Civil para o atual fórum de Farroupilha. É que o Poder Judiciário construiu um novo prédio na cidade e uma troca de imóveis fará com que a Delegacia de Polícia seja transferida para um espaço maior que o atual. O delegado regional explica que depois da desocupação do prédio pela Justiça, o local ainda precisará de adequações para receber a Polícia Civil.
Segundo Da Rosa, não existe disponibilidade de servidores para a criação de uma delegacia especializada, como era a reivindicação da comunidade, e o cartório não funcionará em regime de plantão. A ideia é oferecer um espaço mais humanizado, em que as mulheres possam receber atendimento em um lugar diferente das demais ocorrências. A prioridade é que servidoras do sexo feminino façam esse atendimento. A ideia também é manter contato direto com outros serviços de apoio às vítimas de violência doméstica mantidas pelo município.