Um grupo de manifestantes ligados ao Sindicato dos Professores do Estado (Cpers) faz manifestação no prédio do Palácio do Comércio, na região central de Porto Alegre, nesta terça-feira (14). O grupo chegou ao local por volta das 11h e fechou todos os acessos.
O presidente da Junta Comercial do Rio Grande do Sul, Paulo Roberto Kopschina, foi impedido de acessar o prédio. Conforme o Cpers, só será permitida a saída de pessoas. A manifestação pede que os empresários pressionem e convençam o governo gaúcho a se reunir com professores e para discutir o fim da greve.
Pela manhã, o Cpers encaminhou à Casa Civil um ofício solicitando a reabertura das negociações entre governo e professores. Entre os pontos a serem discutidos nos próximos encontros estão o fim do parcelamento de salários e o pagamento integral do 13º. O governo ainda não se manifestou sobre se vai se reunir novamente com os professores.
Os professores do Estado estão em greve desde 5 de setembro. A adesão à greve, segundo o governo gaúcho, é inferior a 2%. Somente 39 escolas, de um total de 2.545 instituições, estão totalmente fechadas no Estado.
Federasul critica ato
Em nota assinada pela a presidente da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), Simone Leite, a entidade critica a "postura agressiva" dos líderes da manifestação do Cpers, "intimidando pessoas que tentam trabalhar e fazer a sua parte num momento tão difícil para todos, muitos de forma absolutamente voluntária, como é o caso de toda a diretoria".
"O sofrimento dos servidores públicos e as consequências para população têm sido pauta de nossas reuniões. Repudiamos por completo as agressões do Cpers à classe produtiva que, tanto quanto toda a sociedade gaúcha, continua sobrecarregada por excesso de impostos, burocracia e falta de bons serviços públicos, como segurança, saúde e educação", diz trecho do texto.