A Polícia Civil realizou na manhã desta segunda-feira (31) uma operação no Vale do Sinos para desarticular uma quadrilha de traficantes. O grupo criminoso, que teve 12 integrantes detidos hoje, era liderado por um dos 19 presos que tiveram transferência negada para presídios federais na semana passada. O Ministério Público Estadual (MP) está recorrendo na Justiça a partir desta semana para remoção de pelo menos dez apenados. Na sexta-feira (28), 27 apenados foram transferidos para três penitenciárias no Mato Grosso do Sul, no Rio Grande do Norte e em Rondônia.
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A operação desta segunda-feira ocorreu em Sapiranga, onde 11 traficantes foram presos, e em Campo Bom, onde foi preso um investigado. Ao todo, 17 policiais cumpriram 17 mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão. Outros seis criminosos já haviam sido presos durante a investigação e agora vão responder por outros crimes. Segundo o delegado Fernando Pires Branco, de Sapiranga, a ação é decorrente de outra realizada em setembro do ano passado, quando 26 traficantes da mesma facção foram presos. Outros 16, totalizando 42, foram detidos durante as investigações realizadas em 2016.
Depois que a primeira operação foi desencadeada, há dez meses, a organização criminosa se reorganizou e recrutou novos integrantes. O grupo foi monitorado e 11 novos traficantes foram presos nesta manhã, sendo outros seis no decorrer da apuração policial. Branco disse que os crimes e o recrutamento eram ordenados de dentro da cadeia.
O líder da facção é um dos 19 presos que tiveram transferência indeferida para presídios federais. O suspeito, que não está tendo o nome divulgado por questões de segurança, responde por crimes como tráfico de drogas e homicídios. O MP está recorrendo da decisão e pretende ingressar nesta semana na Justiça com recurso para transferência de pelo menos dez, dos 19 apenados considerados perigosos e que continuam em presídios gaúchos.