
Sete pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal (PF) pelos crimes de lesão corporal de natureza grave, após a queda de um elevador na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O caso ocorreu em abril de 2024 e deixou cinco pessoas feridas.
Conforme a Polícia Federal, os indiciados são o casal proprietário da empresa fornecedora do elevador; a engenheira mecânica responsável técnica pela empresa; o engenheiro mecânico servidor da UFSM que atuou como fiscal do contrato entre a UFSM e a empresa; um técnico da empresa; e dois técnicos em instalação terceirizados.
Eles foram indiciados pelos crimes de lesão corporal de natureza grave, praticados com violação a regra técnica de profissão, arte ou ofício.
De acordo com a investigação da PF, a queda aconteceu por conta do rompimento de uma peça estrutural fabricada com padrão inferior ao necessário para sua função. A estrutura também não tinha dispositivos obrigatórios de segurança, como freio de emergência e para-choques.
Ainda segundo a PF, a instalação foi realizada por pessoas sem qualificação técnica adequada e que isso era de conhecimento da empresa contratada. Também foi constatado que não foram realizadas manutenções preventivas ao longo do período em que o elevador esteve em uso.
A universidade afirma que não irá se manifestar sobre o caso.
Como foi o acidente
A estrutura despencou do 2º andar e deixou cinco pessoas feridas. As vítimas são dois professores e três estudantes, que precisaram ser internadas em hospitais da região. Uma delas fraturou o fêmur.
O acidente ocorreu no prédio 40C do Centro de Artes e Letras da UFSM. Após a queda, o elevador do prédio parou abaixo do 1º andar, antes do fosso, e as pessoas foram retiradas pelo Corpo de Bombeiros.
De acordo com a UFSM, o elevador tinha apenas três meses de uso e, um dia antes do acidente, passou por manutenção.