O ministro do Trabalho e Previdência Social, Ronaldo Nogueira, chegou por volta de 9h50 desta terça-feira ao Sul do Estado para duas reuniões sobre as 3,2 mil demissões anunciadas ontem pela Ecovix – empresa que administra o Estaleiro Rio Grande.
Apenas 200 trabalhadores seguirão atuando na manutenção da estrutura do estaleiro. Outros 300 continuam porque estão afastados. Nogueira afirmou que recebeu com tristeza a notícia dos desligamentos.
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– Tu tem que se colocar no lugar desses trabalhadores, e é por isso que eu estou aqui. Primeiro, para trazer a minha solidariedade, sentar com o trabalhador, olhar nos olhos deles e compartilhar do sofrimento. Eu já estive desempregado. Eu sou ministro do Trabalho, eu sou trabalhador no governo. Eu conheço essa realidade –, disse.
Conforme o ministro, a demissão em massa é reflexo da crise econômica que atingiu o país. Nogueira também ressaltou que não se sai de um período de turbulência "de uma hora para a outra".
– O Brasil foi afetado por uma crise de dimensão internacional. De dezembro de 2014 a dezembro de 2015, fechou mais de um milhão e meio de postos de trabalho. Nós devemos chegar no ano de 2016 com, talvez, 750 mil postos de trabalho fechados. Tu não sai de uma crise de uma hora para outra. (...) Nós precisamos criar um ambiente de pacificação, de consciência da gravidade do momento, para que nós possamos encontrar saída para essa crise –, avaliou.
A expectativa de Ronaldo Nogueira é conversar com o presidente Michel Temer, após essa vinda ao Estado, para que uma comitiva de empresários e trabalhadores esteja amanhã ou na quinta-feira em Brasília para discutir a crise no setor.
No auge, em 2013, o polo naval já chegou a contar com mais de 20 mil trabalhadores. Agora, são apenas 2 mil.
