A imagem mais à direita foi feita em julho de 1944, nas Ilhas Marianas, durante a campanha do Pacífico ao final da II Guerra Mundial: um marine resgata uma criança nativa do arquipélago, palco de feroz disputa entre forças japonesas e americanas. Foi obtida pelo repórter fotográfico americano W. Eugene Smith.
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Assim como para o bebê anônimo de 1944, o socorro chegou tarde para Aylan, menino sírio carregado por um servidor turco na foto mais à esquerda. Seus destinos foram entretecidos por meio das lentes dos fotógrafos.
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Cenas assim provocam choque e repulsa. Não se deve, porém, culpar o jornalismo pelos flagrantes. Ambos são responsabilidade de indivíduos muito mais conscientes do que as vítimas puderam ser. Desviar o olhar - e as câmeras - equivaleria a se conformar com sua eterna repetição. Ver, registrar e lembrar é o mínimo que nos cabe.
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