A Justiça de Três Passos autorizou a prorrogação da investigação da morte de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo Uglione Boldrini.
O delegado Marcelo Mendes Lech, que conduz a nova apuração, fez o pedido na semana passada por conta da quantidade de diligências que ainda são necessárias para verificar se Odilaine cometeu o suicídio ou se foi morta.
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Desde que Bernardo foi assassinado, em abril do ano passado, a família de Odilaine vinha tentando reabrir o caso. No mês passado, a Justiça autorizou a reabertura do inquérito, que havia sido arquivado com base na conclusão de que Odilaine atirara contra a própria cabeça, dentro do consultório do então marido, o médico Leandro Boldrini, pai de Bernardo. O médico é um dos quatro quatro acusados pela morte do menino.
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Conforme o delegado Lech, além das diversas perícias já solicitadas, testemunhas estão sendo ouvidas, inclusive, fora de Três Passos.
- Pedi a prorrogação, mas não significa que consiga concluir o trabalho nestes 30 dias. Pode levar mais tempo. Vou solicitar tudo que for legalmente possível e também, necessário - explicou o delegado.
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Um das principais perícias envolve a carta de suicídio que teria sido deixada por Odilaine. O documento foi encontrado dentro da bolsa dela, no dia da morte, ocorrida em 10 de fevereiro de 2010. Depois de pedir para que o Instituto-geral de Perícias (IGP) verifique se a carta foi escrita mesmo por Odilaine, o delegado recebeu a solicitação, pelo IGP, de documentos complementares, que já foram enviados.
Agora, ele aguarda o resultado do exame grafoscópico, que está sendo feito pela Seção de Documentoscopia Forense do Departamento de Criminalística (DC). A reabertura do caso foi autorizada pela Justiça depois que que uma perícia particular, contratada pela família de Odilaine, indicou que a carta não teria sido escrita por ela.