Vendo os colegas frequentemente exaustos devido ao trabalho em meio à pandemia, preocupados com os familiares e colocando em risco a própria saúde, a técnica em enfermagem Tatiane Alves Braga, funcionária do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) em Porto Alegre, decidiu procurar formas de promover pequenas alegrias a esses profissionais durante o expediente. Para isso, criou o projeto "Vibrando na frequência do bem": uma iniciativa sem fins lucrativos que promove doações aos que estão na linha de frente do combate ao coronavírus.
A ideia surgiu quando a própria Tatiane esteve internada por suspeita de covid-19 na Capital.
— Eu via meus colegas muito mal psicologicamente. Tristes porque estavam longe dos filhos, que ficaram sob cuidados dos avós, por exemplo. Então pensei em mobilizar algumas pequenas ações de alegria. Desde mandar um docinho, um bolo, até mensagens de carinho — explica Tatiane, já recuperada e de volta ao trabalho.
Mesmo com as dificuldades financeiras causadas pela crise e o distanciamento social, muitos estabelecimentos se mobilizaram prontamente. Contatados pelo projeto, distribuíram almoço e janta para profissionais da saúde, enviaram materiais utilizados no dia a dia hospitalar e até entraram em contato com familiares e amigos dos funcionários para planejar ações especiais. Duas delas são recordadas com muito carinho por quem participou: uma na Páscoa, quando uma empresa enviou cartinhas escritas por pais, irmãos, filhos dos profissionais diretamente a eles, e outra no Dia das Mães, quando um grupo de músicos fez uma serenata em homenagem a elas.
— Nossa maior preocupação são esses colegas que estão lá chorando, sofrendo e, ao receberem uma cartinha, um alimento, se animam — explica Tatiane.Vendo os colegas frequentemente exaustos devido ao trabalho em meio à pandemia, preocupados com os familiares e colocando em risco a própria saúde, a técnica em enfermagem Tatiane Alves Braga, funcionária do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) em Porto Alegre, decidiu procurar formas de promover pequenas alegrias a esses profissionais durante o expediente. Para isso, criou o projeto "Vibrando na frequência do bem": uma iniciativa sem fins lucrativos que promove doações aos que estão na linha de frente do combate ao coronavírus.
Eu via meus colegas muito mal psicologicamente. Então pensei em mobilizar algumas pequenas ações de alegria
TATIANE ALVES BRAGA
Fundadora da iniciativa
A ideia surgiu quando a própria Tatiane esteve internada por suspeita de covid-19 na Capital.
— Eu via meus colegas muito mal psicologicamente. Tristes porque estavam longe dos filhos, que ficaram sob cuidados dos avós, por exemplo. Então pensei em mobilizar algumas pequenas ações de alegria. Desde mandar um docinho, um bolo, até mensagens de carinho — explica Tatiane, já recuperada e de volta ao trabalho.
Mesmo com as dificuldades financeiras causadas pela crise e o distanciamento social, muitos estabelecimentos se mobilizaram prontamente. Contatados pelo projeto, distribuíram almoço e janta para profissionais da saúde, enviaram materiais utilizados no dia a dia hospitalar e até entraram em contato com familiares e amigos dos funcionários para planejar ações especiais. Duas delas são recordadas com muito carinho por quem participou: uma na Páscoa, quando uma empresa enviou cartinhas escritas por pais, irmãos, filhos dos profissionais diretamente a eles, e outra no Dia das Mães, quando um grupo de músicos fez uma serenata em homenagem a elas.
— Nossa maior preocupação são esses colegas que estão lá chorando, sofrendo e, ao receberem uma cartinha, um alimento, se animam — explica Tatiane.
Proteção contra o vírus
Agora, o principal objetivo do projeto é arrecadar materiais de proteção individual para os principais hospitais de referência no combate ao coronavírus em Porto Alegre: o Conceição e o Clínicas. Máscaras, toucas, aventais, termômetros digitais e até pilhas são alguns dos itens essenciais para a atuação das equipes e que correm o risco de ficar em falta com o avanço da doença.
Além do Conceição e do Clínicas, a iniciativa promove parcerias com os hospitais São Lucas, Moinhos de Vento e Mãe de Deus em Porto Alegre, sempre visando alegrar o trabalho na linha de frente. Para Tatiane, a principal motivação é continuar com as ações de amparo a esses funcionários.
— Eles estão inseguros e afastados de suas famílias nessa guerra. Queremos que eles tenham armas pra se proteger e estejam bem física e emocionalmente. Buscamos promover momentos de alegria e de descontração em meio ao medo que tanto nos abala.
Em breve, além de arrecadar pequenas doações e equipar melhor os profissionais, a iniciativa planeja, com o mesmo sistema de parcerias, facilitar um direcionamento de amparo psicológico gratuito.
— Até, quem sabe, com universidades e pessoas que estejam dispostas a cuidar de quem cuida de todos nessa pandemia — planeja Tatiane.