Após entrar para o panteão das lendas do esporte brasileiro, Rebeca Andrade deu mais pistas sobre o seu futuro nesta segunda-feira (5). Ouro no solo e maior medalhista olímpica do Brasil em todos os tempos, a atleta indicou que, no ciclo de Los Angeles deve abrir mão do solo e do individual geral, as duas provas mais desgastantes da ginástica artística.
— Eu espero que tenha sido o meu último (solo). Estou muito feliz com o quanto eu melhorei ao longo de todos esses anos, mas, ao mesmo tempo, sinto que está bom — disse, em entrevista coletiva, logo após receber a medalha de ouro.
Rebeca até abriu margem para rever a decisão, mas deixou claro que a sua preferência é por não competir mais no solo.
— Claro que, se o meu corpo melhorar, se eu me sentir bem, se falarem "a gente precisa de você, você pode ajudar a equipe", aí o futuro a Deus pertence. Se eu estiver me sentindo bem, vou falar que sim, mas, neste momento, eu espero que tenha sido o meu último (solo). Mas tudo bem se eu tiver que fazer de novo, mas espero que não precise — explicou.
Após ganhar a prata no salto, no último sábado (3), Rebeca já havia revelado a sua intenção de desistir de disputar o individual geral, prova em que as ginastas precisam competir nos quatro aparelhos.
— Eu acredito que sim (irá desistir) porque fazer o individual geral exige muito do meu corpo, principalmente da minha parte inferior, das minhas pernas. joelhos. Mas eu falo que o futuro a Deus pertence, vai que dá um '"cham" na minha cabeça e meu corpo melhora. Então, não sei. Mas, para mim, vai ser o meu último individual geral — disse.
Desta forma, se não mudar de ideia, no ciclo olímpico de Los Angeles, Rebeca Andrade deve disputar medalhas apenas no salto, sua especialidade, na trave e nas barras assimétricas, aparelhos que não são os seus favoritos.