A Seleção Brasileira feminina fez uma grande estreia em Tóquio ao golear a China, por 5 a 0, nesta quarta-feira (21). Capitã da equipe, Marta foi destaque ao marcar dois gols e chegar a 12 em cinco edições de Jogos Olímpicos. A camisa 10 do Brasil se tornou ainda a primeira jogadora a balançar as redes em todas as participações olímpicas da carreira.
Eleita como melhor jogadora do mundo em seis oportunidades, a alagoana de 35 anos tenta coroar a carreira com uma medalha de ouro e superar as pratas conquistadas em Atenas 2004 e Pequim 2008. Dona de diversos recordes, a Rainha pode se tornar ainda a maior artilheira olímpica de todos os tempos. No momento, ela está atrás apenas de Cristiane, sua antiga parceira no ataque brasileiro e que não foi convocada pela técnica Pia Sundhage.
Mas a atual marca de Cristiane não é ameaçada apenas por Marta. A canadense Christine Sinclair, 38 anos, também chegou aos 12 gols assinalados ao marcar no empate de sua seleção com o Japão em 1 a 1.
Grande referência do futebol feminino em seu país, Sinclair tem a mesma dimensão de Marta. No Canadá, é reverenciada como uma das maiores atletas de todos os tempos. Em sua estreia em Tóquio, a atacante completou 300 jogos defendendo a camisa canadense e atingiu a impressionante marca de 187 gols, número que a torna a maior goleadora entre homens e mulheres em seleções nacionais.
Sinclair tem dois bronzes olímpicos no currículo, o último deles na Rio 2016, em disputa com a Seleção Brasileira. No primeiro, em Londres, além de ser a artilheira do torneio com seis gols, ela ainda foi eleita a porta-bandeira da delegação na Cerimônia de Encerramento e foi condecorada com a Medalha do Jubileu de Diamante da Rainha Elizabeth II pelos "notáveis serviços prestados".
A rivalidade dentro de campo entre elas já esteve presente em outras competições e promete ser uma atração em Tóquio. Um confronto não está descartado e poderá ocorrer nas quartas de final, caso Brasil e Canadá fiquem em segundo lugar em seus grupos, por exemplo — ou quem sabe este duelo pode ocorrer em uma decisão de medalha. O certo é que a camisa 10 brasileira e a 12 canadense irão atrair os holofotes durante os Jogos.