As Olimpíadas não foram como os brasileiros esperavam para o futebol feminino. A equipe comandada pela técnica Pia Sundhage foi eliminada nos pênaltis nesta sexta-feira (30) após um empate com o Canadá em 0 a 0 nos 120 minutos iniciais. A Seleção deixa o Japão invicta, com duas vitórias e dois empates.
Assim como no Rio de Janeiro, em 2016, a equipe ficou sem medalha. No Brasil, também havia sido derrotada pelo país da América do Norte na decisão do bronze, quando perderam por 2 a 1.
As Olimpíadas de Tóquio podem ter sido as últimas com a participação de Marta, que em Paris terá 38 anos. Capitã e camisa 10 brasileira, a meia-atacante falou sobre a eliminação.
— Tem dias em que as coisas não funcionam. Aconteceram algumas situações que poderíamos ter aproveitado melhor, principalmente na prorrogação, quando elas estavam mais cansadas do que nós. Mas é coisa do futebol, nem sempre o melhor ganha. Agora é pensar no futuro, continuar apoiando a modalidade. O futebol feminino não acaba aqui, continua, e espero que as pessoas tenham essa consciência. Não temos de apontar culpados. Fizemos o que estava ao nosso alcance. Estou orgulhosa. Obviamente fica aquele gostinho de que poderia mais — desabafou, assim que a partida acabou.
Se Marta ainda pode estar na França em 2024, quem se despediu das Olimpíadas foi a meio-campista Formiga, que disputou seus sétimos Jogos Olímpicos. Com 43 anos, ela esteve em todas as disputas femininas — a primeira foi em Atlanta, em 1996.
— Agora, ali no final, me dirigi diretamente à Formiga. Eu gostaria de ver novamente aquela emoção de lutar pela medalha com ela. Tudo que ela fez ao nosso esporte, espero que todos possam ver da mesma maneira. É uma pessoa que dedicou a vida inteira pela nossa modalidade, que é inspiração para todo mundo, que poderia ter um final um pouco mais feliz — completou a camisa 10.