A organização da Olimpíada de Tóquio 2020, adiada devido à pandemia de coronavírus, estuda realizar o evento em julho de 2021, informou a emissora japonesa NHK.
Os Jogos Olímpicos estavam programados para ocorrer entre 24 de julho e 9 de agosto de 2020, antes do anúncio do adiamento na terça-feira (24). A nova data para a cerimônia de abertura seria 23 de julho de 2021, de acordo com o canal público japonês, que citou fontes internas do comitê de organização.
Após o anúncio, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou que todas as opções estavam sobre a mesa a respeito da nova data, "antes ou durante o verão (referindo-se ao Hemisfério Norte)".
A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, citou na sexta-feira (27) a possibilidade de organizar a Olimpíada em um período diferente do verão, quando as temperaturas na capital são menores, mas esta não parece a opção com mais chances, de acordo com a NHK.
As novas datas da Olimpíada de Tóquio representam um desafio, ressaltou Bach, em referência ao calendário esportivo que passará por grandes mudanças após a suspensão de quase todas as competições devido à pandemia.
Um grupo de trabalho criado pelo COI, que recebeu no nome Here We Go, tenta definir as novas datas em colaboração com a organização de Tóquio- 2020 e as 33 federações internacionais presentes no programa olímpico. As negociações podem chegar a uma conclusão dentro de uma semana, afirmou no sábado Yoshiro Mori, presidente do comitê de organização dos Jogos de Tóquio.
Na terça-feira (24), durante o anúncio do adiamento, o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe declarou que os próximos Jogos serão "o testemunho da derrota do vírus" para a humanidade.
A NHK informou que a chama olímpica será exposta durante um mês no complexo esportivo J-Village de Fukushima, que serviu de alojamento para milhares de trabalhadores humanitários na luta contra as consequências da catástrofe nuclear de 2011.