Em entrevista exclusiva à Rádio Gaúcha no início da tarde desta terça-feira (24), o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Paulo Wanderley, comentou o adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio para 2021. A própria entidade nacional já havia se manifestado publicamente em favor desta medida levando em consideração a pandemia de coronavírus que atinge o mundo inteiro.
— Esta notícia nos deu bastante alívio, e principalmente aos nossos atletas — declarou ele — Foi a solução menos ruim. Qualquer solução diferente que viesse, não traria tranquilidade absoluta para todos os envolvidos — completou.
A partir de agora, restará ao Comitê Olímpico Internacional (COI), reservar uma data específica para a realização do evento. Sabe-se apenas que ele ocorrerá durante o verão europeu, entre junho e agosto.
— Não está definido se será exatamente no mesmo período ou um pouco antes, mas isso não traz muita diferença. Traria se fosse este ano ou em outro país, mesmo sendo no ano que vem. Então, essa notícia nos agradou bastante, nos deu mais tranquilidade e nossos atletas terão melhores condições de preparação. Agora, vamos tratar das adequações. Contratos foram suspensos, mas imagine, por exemplo, o contrato que fizemos de transporte para cerca de 500 pessoas. Não ter sido em outro país já foi uma grande vitória — analisou Wanderley.
O mesmo valerá para determinar se o limite de idade de 23 anos, imposto para o futebol, será aumentado. Caso a Fifa não considere essa possibilidade, muitos jogadores que participaram do Torneio Pré-Olímpico, como o volante gremista Matheus Henrique, ficariam de fora dos jogos de Tóquio.