Diante da pandemia de coronavírus, os Jogos Olímpicos de Tóquio, previstos para serem disputados entre julho e agosto deste ano, foram adiados. A nova data ainda não foi informada.
A decisão foi tomada nesta terça-feira (24), em comum acordo entre o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe.
"Nas circunstâncias atuais e com base nas informações apresentadas hoje (terça-feira, 24) pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o presidente do COI e o primeiro-ministro do Japão concluíram que os Jogos Olímpicos de Tóquio devem ser reagendados para depois de 2020 e serem disputados no mais tardar no verão (período de inverno no Brasil) de 2021, com o objetivo de preservar a saúde dos atletas e de todos os envolvidos nos Jogos Olímpicos, assim como da comunidade internacional", anunciou o COI em comunicado.
O adiamento é inédito na história da Olimpíada. Na era moderna, a partir de 1896, os Jogos foram cancelados três vezes (1916, 1940 e 1944), em razão das Guerras Mundiais, mas nunca antes adiados.
Além de toda a preocupação em relação à transmissão da covid-19, havia muitas dúvidas sobre a preparação dos atletas e até sobre a classificação deles à Olimpíada. Estão abertas ainda muitas vagas nos Jogos de Tóquio, cujas definições sairiam em torneios seletivos ainda não realizados.
De acordo com o COI, estão preenchidas 57% das vagas até agora. As outras 43% permanecem indefinidas e poderão ter seus critérios alterados nos próximos meses. Uma possibilidade ventilada antes da decisão sobre o adiamento foi utilizar rankings mundiais e resultados de competições já finalizadas, como os Jogos Pan-Americanos.
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