Sob o tema "Todos têm Coração", a cerimônia de abertura da Paraolimpíada do Rio contará com um enorme elenco de dois mil voluntários e 500 profissionais, distribuídos em dois palcos no gramado do Maracanã, onde ainda desfilarão milhares de paratletas de 176 países. A apresentação ficará por conta de Fernanda Lima e do jornalista Marcelo Rubens Paiva, além de Tom, o mascote Paraolímpico.
A norte-americana Amy Purdy, medalhista de bronze no snowboard nos Jogos Paraolímpicos de Inverno Sochi 2014, fará uma performance muito aguardada de cerca de 45 minutos e que tem exigido bastante treino. No total, entre idas e vindas, já passou 45 dias no Rio de Janeiro.
– É uma dança contemporânea, com misturas brasileiras – explicou ela, que vem treinando muito o samba. – É um momento em que revelamos o meu incrível parceiro, que ainda é segredo (sabe-se que é um artista de renome e que não é brasileiro). Ter a oportunidade de fazer isso para o mundo inteiro é uma responsabilidade enorme, com milhões de pessoas assistindo. Para isso, treinei forte – completou.
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Fred Gelli é um dos vértices do triângulo de diretores do espetáculo, ao lado de Rubens Paiva e do artista plástico Vik Muniz. Assim como Amy, os dois primeiros participaram de uma coletiva de imprensa no auditório do Maracanã, e Gelli falou mais sobre o show.
– Quando vemos uma pessoa virar atleta depois de um acidente, parece ser o melhor exemplo de superação – resume ele, dando ideia do foco que tiveram na elaboração do espetáculo.
– A cerimônia é o maior símbolo da tolerância e do respeito ao outro – destacou Paiva, autor do célebre livro Feliz ano velho, em que relata as transformações em sua vida a partir do momento em que se torna paraplégico após um mergulho mal executado numa cachoeira, quando tinha 20 anos.
– Outro ponto que deixa a gente mais livre para criar nesta cerimônia é que a abertura Olímpica tem a obrigação de contar a história do país, de estar ligada aos elementos iconográficos, como Santos Dumont, Carmen Miranda... Nós, não. Estamos ligados à humanidade, à condição humana, ao sentido, à dificuldade, à solidariedade, ao amor, ao coração. Então, é muito mais gostoso de criar – definiu Paiva.
O ponto alto da festa, na opinião de Paiva, é o momento da entrada da bandeira do Brasil no palco do Maracanã, junto à delegação.
– Algo para se preparar os lencinhos (e chorar). Tem tudo muito a ver, as coisas fazem sentido – diz ele.
Outras atrações:
- O início da cerimônia terá a descida do atleta Aaron Wheelz descerá acompanhado do skatista brasileiro Bob Burnquist por uma megarrampa.
- O maestro João Carlos Martins foi o escolhido para tocar o Hino Brasileiro no piano.
- A Pira Paraolímpica será a mesma dos Jogos Olímpicos, mas desta vez ficará no setor leste do estádio. A escultura foi esculpida pelo artista americano Anthony Howe.
- A coordenadora de figurinos da cerimônia é Silvia Aymonino, que coordena uma equipe de 100 pessoas responsáveis por 2.500 fantasias.
*LANCEPRESS e ZH ESPORTES