Campeão olímpico como atleta, gestor de sucesso com passagens pelo Comitê Olímpico do Brasil, Ministério do Esporte e Comitê Organizador da Copa do Mundo, e agora técnico do Bento Vôlei, Paulo André Jukoski da Silva, o Paulão, encara um novo desafio a partir deste mês, quando inicia a trajetória de comentarista do Grupo RBS até o Rio 2016.
Nesta entrevista a ZH e à Rádio Gaúcha, o ex-atleta de 52 anos faz duras críticas à política de investimentos no esporte no Brasil e, mais especificamente, no Rio Grande do Sul. Relata, também, a saída da secretaria de Turismo, Esporte e Lazer no início deste ano, por conta de divergências com o secretário Juvir Costella.
Como você encara esta nova etapa?
Eu acho muito bacana a perspectiva de estar em uma Olimpíada em casa. Fui como atleta em três, e trabalhando em duas. Todas têm uma emoção diferente. Essa bagagem é muito legal de passar. Todo o acompanhamento que se tem, as modificações, as dificuldades, são coisas legais de se contar. A vivência que eu tive dentro do vôlei e do esporte foi espetacular, e é mais um desafio que eu acho que vai ser maravilhoso. Envolver uma Olimpíada no Brasil, com a emoção de participar com vocês, uma equipe com quem já tive outras parcerias, vai ser muito emocionante.
O atleta já tem a Olimpíada como mega-evento e faz uma preparação especial. Disputar os Jogos em casa acrescenta algo de pressão?
Acho que sim. Todas as preparações que nós fizemos, tínhamos noção de que era o suprassumo do esporte, de que tínhamos que dar a vida. E aqui, além de dar a vida, tem a questão da torcida ao nosso lado, vibrante. Vai haver cobrança. Isso vai ser bom, positivo. Um atleta que chega a uma Olimpíada tem condições de aguentar a pressão, já passou por outras provas. Não chega lá verde. Quando a gente entrava em quadra sempre notava se tinha 10 brasileiros, 15 brasileiros...aqui vai ter uma quadra lotada de brasileiros.
É uma pressão parecida com a que vocês tiveram de enfrentar em Atlanta-1996, quando a seleção de vôlei chegou como campeão olímpica?
Exatamente. A primeira Olimpíada que eu fui (Seoul-1988), estava descompromissado. Era um jovem ao lado daquelas feras. Em Barcelona nós chegamos com o pensamento de fazer nosso máximo e ficar entre os cinco. Fomos campeões. Em Atlanta, todos queriam ganhar dos campeões olímpicos. Então havia, além da pressão da imprensa, da torcida, essa questão de todos querendo ganhar da gente.
O que você acha que é essencial para um homem de comunicação em uma cobertura olímpica?
O vôlei ainda tem carência de alguns comentaristas mais técnicos. Antigamente diziam que, enquanto o vôlei não ganhasse, não teria espaço na mídia. Hoje temos espaço. Mas você nota uma falta de profissionais que saibam mais de voleibol. Na nossa época, a gente não gostava de dar entrevista para o cara que fazia fofoca. A gente se combinava pra queimar o cara. Falava pouquinho, sim ou não e acabou. Mas os caras que falavam do voleibol, mesmo que fossem críticas, esses a gente priorizava. Vou ser crítico? Com certeza, até porque há muitas coisas a melhorar. Mas vou falar também sobre as coisas benéficas que o esporte traz. É importante as pessoas conhecerem o que é um treinamento, os aprimoramentos. Tudo isso é bom trazer em reportagens, trazer como um comunicador. Precisamos frisar o que é essa mudança, esse aperfeiçoamento do esporte. Os investimentos, que geram tantas críticas, em ginásios e estádios.
Você considera essas críticas equivocadas?
O pessoal não entende, tu vais nos Estados Unidos, no Japão, e não existe um ginásio que não seja climatizado. Quantos ginásios climatizados têm no Rio Grande do Sul? Nenhum. Como é que se quer investir no esporte se não há estrutura física? Tudo isso é bom a gente frisar, falar, discutir...Quando se fala em lei de investimento no esporte, porque não se tem uma ideia clara de crescimento econômico do esporte no Rio Grande do Sul? Nossa lei de incentivo é toda regrada, e aí você tem um time de alto rendimento, que poderia receber R$ 5 milhões, e não pode porque tem um teto de R$ 800 mil. Que crescimento é este do esporte? Como alcançar resultados de medalhas sem investimento? Como eu vou pagar profissionais de alta qualidade? Como eu vou investir em pisos, em academia, fisioterapia, em medicina, viagens, intercâmbio, se eu só tenho R$ 800 mil. E aí depois o Rio Grande do Sul tem que ter medalha. Como eu vou competir com Minas, até com Santa Catarina, que é um super investidor na Lei de Incentivo, como brigar com os caras dessa maneira? Tem muito assunto por trás dos bastidores. O pessoal depois assiste a Olimpíada e acha que o brasileiro perdeu por detalhe. O detalhe é o equipamento de qualidade, a forma de treinamento, o intercâmbio que não existiu, mas o brasileiro foi lá e brigou de igual para igual. Nestes últimos anos em que eu fui gestor, vi como estamos longe do que eu aprendi fora do país. Mas é uma diferença pela política e pelo investimento econômico. Gente boa nós temos, potencial de crescimento também.
Como você vê o cenário nacional após o investimento forte que foi feito? O investimento foi bem colocado?
No Rio de Janeiro, estamos investindo certo. Mas é preciso descentralizar. É uma crítica construtiva que eu faço. Acho que o Comitê Olímpico deveria fazer um trabalho visando sanar isso. Se o atleta não é morador do eixo Rio-São Paulo-Minas, dificilmente ele é convidado. Eu fui convidado para trabalhar no Rio de Janeiro, mas eu tinha que pagar tudo. Pagar apartamento. O COB e o Ministério do Esporte se preocuparam demais em investir no Rio de Janeiro, o que é certo, mas faltou diversificar. Por que não fazer pontos de referência, de capacitação, de melhorias, em outros lugares? Por que não criar um centro de capacitação aqui? Norte e nordeste, por que não investimentos mais pesados lá? Lá tem locais grandes, mas a céu aberto, sob um calor de 40 graus. Fica inviável trabalhar. "Ah, mas o Brasil é muito grande". É, mas os investimentos foram muito grandes também. Tudo isso o COB teria condições de fazer, mas fica muito no Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Eu me preocupo com a continuidade disso. Era melhor preparar todo o Brasil, e assim teríamos uma verdadeira potência olímpica. Investir nas escolas, capacitação de professores de Educação Física. Podemos pegar o exemplo de Cuba: lá, os técnicos de campeões olímpicos, campeões mundiais, estão nas escolas públicas, avaliando quem se destaca. Aí se destaca e vai para os centros de treinamento. São bem piores do que os nossos, mas tem gente capacitada, de qualidade, que fez intercâmbio. Na verdade, não existe uma política do esporte. No Rio Grande do Sul, então, menos ainda. Nós abandonamos o esporte aqui há anos. Santa Catarina é 100 vezes mais organizada do que nós.
Você teme um corte desses investimentos imediatamente após a Olimpíada?
Eu te digo por mim: eu, se parar de correr atrás, de fazer minhas palestras, das assessorias, do meu cargo de técnico, eu fico sem dinheiro. Não tenho nenhuma garantia por tudo que eu fiz pelo esporte, como tem em outros países. Lá fora o cara é campeão olímpico e ganha uma aposentadoria. Mas não é aposentadoria para ficar deitado na rede em casa. Tu tens que prestar trabalho na comunidade. Na Grécia o cara ganha um ginásio para fazer o judô, uma pista para fazer o atletismo. O governo pode vir aqui e me dar um ginásio, mas ele não é para mim. Ele leva meu nome, sou o gestor, mas vou atender 500 crianças. Isso paga, e é essa aposentadoria de que estou falando. O temor é real. Tem atletas que vão ganhar medalha, e outros que vão fazer belíssimas campanhas, mas vão dizer: "Ah, mas não foi medalhista". Nós temos essa obsessão pela medalha no Brasil, ficam mostrando toda hora o quadro de medalha. É um temor mesmo. Esse grande investimento que se faz em uma Olimpíada localizada no Rio de Janeiro, o que vai ser feito após essa Olimpíada? O que vai acontecer com esses atletas? Às vezes pode existir a avaliação de que, se o cara não ganhar medalha, ele sentiu a pressão e não vale o investimento.
As estatais injetaram muito dinheiro no esporte. Com a situação econômica do país, o risco de cortes aumenta?
Sem dúvida. Não sei os tamanhos dos investimentos, mas vejo alguns bancos investindo pesado, outras empresas que nunca apareciam estão aparecendo. Será que elas vão ser oportunistas? Vão trabalhar só com os quatro anos e cair fora depois da Olimpíada? E os atletas que vão estourar na outra Olimpíada, vão continuar recebendo apoio? São perguntas que todos estão fazendo porque não temos essa cultura. O Brasil não aproveitou nem a Copa do Mundo e nem a Olimpíada. Eu vivi a Copa, e já vivenciei a Olimpíada. É muito localizada a coisa. A Copa era em Porto Alegre. Quando descobriram que podia ser um evento que atrairia turistas para outras cidades, era tarde demais, faltavam 60 dias, 30 dias. Começou a aparecer gente em Bento Gonçalves, Canela, Gramado e diziam: "Eu vim para a Copa do Mundo, mas passei aqui para conhecer". Quando chegou mais perto da Copa, teve município me ligando: "Coloca meu nome aí, eu te dou um por fora...". Pô, cara, "um por fora" já começou tudo errado. Não existe uma política para o esporte.
Com menos recursos, a tendência é de que os atletas abandonem o esporte no momento em que estão saindo da base. Que tipo de política pode ser feita para atraí-los e garantir a continuidade?
Neste momento, nos 17 para 18 anos, os pais exigem que o filho vá estudar. Eles dizem: "Voleibol, atletismo, judô...tá maluco? Tem que fazer algo que dá dinheiro. Tem que pensar no futuro". Nós não temos essa cultura esportiva. O esporte te dá uma série de opções de carreira. O menino pode vir a ser médico, preparador, fisiologista, pode trabalhar com estatísticas, projetar ginásios e estádios. O campo é sensacional. Mas não. Aqui é jogar, ganhar e perder. Esse rótulo desestimula a continuar. Eu falo desses centros de capacitação, que poderiam ser feitos aqui no Rio Grande do Sul. Pega o calendário e distribui, nesses centros, cursos de técnicos, de gestão, de aprimoramento de estatísticos, de arbitragem. Preenche o ano inteiro só com vôlei, por exemplo. Isso sem falar em atletismo, judô, taekwondo e por aí vai. Dá para fazer um calendário de negócios espetacular. No caminho dos 17 anos até o campeão olímpico, existe um universo de negócios incrível.
Como foi a experiência na secretaria de Turismo, Esporte e Lazer e como foi sua saída de lá?
A questão da secretaria, eu já vinha de várias experiências, de Comitê Olímpico, Comitê da Copa, Ministério do Esporte. Quando aceitei, não foi por causa do dinheiro. Foi para ajudar. Só que me deparei com um secretário (Juvir Costella) que não entende de esportes, e eu tenho, como lema e diretriz, o que eu aprendi no esporte, que é compartilhar. O compartilhamento torna uma ideia mais forte. A discussão é essencial para se chegar a conclusões sobre essas ideias. Isso não estava ocorrendo na secretaria. Não vou dizer se ele está certo ou errado, mas a diretriz dele é totalmente diferente da minha. E o que ele estava propondo não era para o esporte, era para a política. Aí eu não posso concordar. O secretário é um político, está na dele. Quem está errado é o governador de colocar pessoas que não conhecem da área específica. Tem de colocar alguém da área lá. Por favor, não estou dizendo que quero ser secretário. Não é meu sonho de consumo (risos). Tem de colocar gente com perfil esportivo lá. Foi isso. Eu também discordei completamente da questão da Lei de Incentivo. Recursos de leis de outras áreas não pararam, e o esporte parou. Alegaram que estava tudo errado, e não estava tudo errado. A Lei do Esporte foi criada a partir de várias discussões com pessoas da área técnica. Um ano antes da Olimpíada, você barrar uma Lei de Incentivo, é muito complicado.
No Ministério do Esporte o comando da pasta é do George Hilton (PRB-MG), que também não tem ligação com a área. Isso influencia no cenário nacional?
Claro. Enquanto a política estiver acima das diretrizes do esporte, vai influenciar. Quando você entra em um cargo público, a primeira medida é se cercar de amigos. Compartilha-se os cargos de confiança com pessoas do partido. Depois se pensa se a pessoa entende um pouco de esporte. Teria de haver capacitação. Do atleta se exige que ele tenha um índice para participar de uma Olimpíada, de um Mundial. Do gestor teria de ser a mesma coisa. Se o cara não tem o curso tal, a especialização tal, não pode assumir aquele cargo. Hoje qualquer um pode sentar lá e ficar por anos sem fazer nada, só campanha. O esporte é sempre deixado para depois. Falar de política esportiva é muito fácil, criticar que não tem resultado. Mas olha bem e vê como as pessoas do esporte têm de passar o chapéu. Hoje tem patrocinador querendo investir aqui no Rio Grande do Sul pela Lei de Incentivo e não consegue porque estabeleceram um limiar de R$ 800 mil por projeto. Colocaram uma série de empecilhos na lei, quando ela deveria ser genérica. Cada projeto é diferente do outro. Cada um tem uma particularidade. Então que cada um apresente suas particularidades para justificar o investimento, e depois a prestação de contas tem de ser na ponta do lápis. Pronto. A gente enfrenta o problema de que a Superliga tem seis meses, só que apresentamos o projeto para 10 meses e nos questionam, já que a competição tem seis meses. Ignoram que é preciso fazer uma preparação. É inconcebível. Inconcebível, por exemplo, que a comissão técnica não pode ser paga através da lei de incentivo. "Uma equipe pode jogar sem comissão técnica". Eu ouvi isso como justificativa.
O vôlei sempre foi uma referência de excelência na gestão, e enfrenta um momento de denúncias de irregularidades em contratos de patrocínio da Confederação. Você se decepcionou com essas revelações?
Decepção sempre tem. Convivi bastante tempo com a gestão do presidente Ary Graça e, antes dele, com o Nuzman (Carlos Artur Nuzman, hoje presidente do COB). Vi que o presidente Ary Graça era muito agressivo na busca de investimentos. O Banco do Brasil, que é o patrocinador do voleibol, investia muito no esporte como um todo, da base ao alto rendimento. Foi um choque muito grande. Perde-se muito. A gente tem brigas na Superliga por conta os investimentos e aí fica sabendo que R$ 20 milhões foram desviados, quando estamos brigando por R$ 1,5 milhão, R$ 2 milhões. Isso deixa a gente triste, são caras gananciosos que usam o esporte para encher os bolsos. Se foi provado ou não, não sei. O que está comprovado é que o dinheiro não chegou no ponto final. Está em algum lugar. No bolso de quem? Na casa de quem? Não sabemos. Mas a situação é muito triste. A gente se emociona, rala pelo esporte, para ver algo assim acontecer. Fiquei feliz que o Ricardo Trade (executivo contratado recentemente pela Confederação Brasileira de Vôlei) foi para lá. Pelo que eu conheço dele, tenho esperança de que melhore a situação. Espero que ele faça um trabalho de reconstrução do vôlei. É preciso olhar da base para cima. Não só a seleção.
Mesmo com estes problemas, você acredita na conquista das seis medalhas que se espera do vôlei, entre a quadra e a praia?
Acredito. Não sei a cor delas, mas acredito. A gente vê o vôlei de praia chegando sempre em finais de Mundiais, em finais de etapas do Circuito. No de quadra, o Zé Roberto e o Bernardinho estão em um patamar superior. A qualidade dos atletas é muito boa ainda. Isso se realmente jogarem os melhores. Sou contra o que aconteceu neste ano, de ter Pan-Americano e Liga Mundial e se dividir o grupo. Seleção tem de ser sempre dos melhores. Se um jogador é promessa, tem de ficar treinando. Na seleção A não tem esse espaço para experiências. Porque depois perde, e começa uma série de questionamentos.
Das edições de Olimpíadas que você participou, como atleta ou gestor, qual é a que pensa que deveria servir como modelo para o Rio?
Barcelona foi muito legal. A Vila, a maneira que funcionava. Mas a gente não conheceu direito a cidade. Não posso dizer muito sobre aquela Olimpíada. Foi impressionante, a gente se focou de um jeito incrível. A cidade é muito bonita, e neste sentido, Barcelona e Sydney têm um pouco um ar de Rio de Janeiro. Seoul foi muito organizada, mas não gostamos da comida, a Vila era um pouco barulhenta demais. A Grécia tem uma história maravilhosa, mas como exemplo a de Sydney foi mais marcante. Os voluntários foram um ponto forte lá. Muita terceira idade. Todos muito carinhosos. Eu me perdi em Sydney. Me pegaram pelo braço e me colocaram para dentro do trem que eu tinha de pegar. Existia um envolvimento espetacular. Vi lá muita preocupação com o turista. A mais marcante foi Barcelona, mas aí não tinha como ser diferente (risos).
Quando se chega a uma Olimpíada, geralmente há uma falta de sintonia entre o futebol e os outros esportes. Como você vê essa relação em meio à crise que o futebol brasileiro vive?
Eu vejo uma falta de coordenação, de gestão disso. É preciso definir que o futebol, por exemplo, vá para a Vila Olímpica. Lá em Seoul eu vi na Vila o Taffarel, o Romário, o Neto, que eram moleques. Não tinha problema nenhum. "Ah, mas o futebol tem um status...", o espírito olímpico não deixa espaço para isso. E é por isso que o futebol ainda não ganhou o ouro. Espírito olímpico não é simplesmente ir para a Olimpíada e usar o escudo olímpico no peito naquela competição. Tem de fazer parte dos Jogos, envolver-se com o evento.
Neste ponto, a presença do Dunga, que participou de Jogos Olímpicos, pode ser importante?
O Dunga pode ter todos seus defeitos, mas ele tem alguns valores que não abre mão. E isso tem tudo a ver com o olimpismo. "No meu time tem de jogar deste jeito". E acabou. Pode ser uma bobagem, mas são valores rígidos, uma disciplina que o atleta tem de ter. Acho isso fundamental. O Dunga pode ter problemas técnicos que vocês apontam, mas ele tem essas qualidades. E isso supre. O investimento emocional em uma equipe, a montagem dela, não se baseia só em ter os melhores. Você tem de fazer com que aquela equipe se envolva na competição. O nosso exemplo de Barcelona mostra isso: quem era Paulão, Giovane, Marcelo Negrão antes da Olimpíada? Esse envolvimento acontece a partir dessas diretrizes que vêm de cima para baixo. O futebol tem essa pressão, mas tenho certeza de que Dunga e Taffarel, que eu conheço bem, vão manter esses valores.
* ZH Esportes