
O técnico Tite anunciou na terça-feira (22) uma pausa na carreira para cuidar da saúde física e mental. Muitos esportistas vencedores já precisaram passar por esse hiato.
Zero Hora preparou uma lista de esportistas que também priorizaram a saúde mental e interromperam trabalhos e participações em competições. Confira a seguir.
Atletas que priorizaram a saúde mental e interromperam trabalhos
Gabriel Medina
O surfista anunciou em janeiro de 2022 que ficaria de fora das duas primeiras etapas do circuito mundial de surfe. Medina encarou problemas familiares ao romper com a mãe e o pai adotivo, que era seu técnico até 2021. Um dos grandes desafios do atleta foi tornar o assunto público.
— Me questionei muito nos últimos tempos se deveria tornar isso público ou manter de forma privada — disse, na época.

Naomi Osaka
A tenista japonesa desistiu das disputas de Roland Garros e Wimbledon em 2021 com uma carta que expunha suas depressão e ansiedade, além da dificuldade em lidar com compromissos fora das quadras, como o atendimento à imprensa. Osaka foi homenageada com o acendimento da pira olímpica nas Olimpíadas de Tóquio.
Atualmente, com 27 anos, a tenista voltou a jogar os principais torneios, mas caiu bastante no ranking, sendo a 55ª na WTA.

Simone Biles
Nas Olimpíadas de Tóquio 2020, Biles se retirou no meio da competição por equipes da ginástica artística. Ela optou por não competir nas provas do individual geral e em quase todas as finais por aparelhos. Com isso, tornou-se um dos símbolos da luta por mais atenção ao tema.
— Acho que a saúde mental é mais importante nos esportes nesse momento. Temos que proteger nossas mentes e nossos corpos e não apenas sair e fazer o que o mundo quer que façamos — disse a ginasta estadunidense.
Em Paris 2024, Biles retornou e venceu quatro medalhas, sendo três de ouro e uma prata.

Gabi Cândido
A jogadora de vôlei, que atuou como ponteira do Fluminense, pediu dispensa de uma convocação da seleção brasileira por ter crises de pânico. Ela revelou que já fazia tratamento há dois anos, mas ressaltou que não existe uma cura para a sua condição.
Gabi é diagnosticada com síndrome de pânico — segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença afeta entre 2% a 4% da população mundial.
Tom Dumoulin
O ciclista holandês deixou a concentração onde treinava em janeiro de 2021 para, segundo ele, "esfriar a cabeça". Dumoulin questionou sua continuidade no esporte. Ele afirmou à imprensa que sentia ter esquecido de cuidar de si ao longo do ano anterior.
O período sabático durou mais de quatro meses. No retorno, Dumoulin levou a medalha de prata na prova contrarrelógio do ciclismo estrada masculino nas Olimpíadas de Tóquio.